Integrantes do governo Lula próximos ao Judiciário e pessoas que conhecem os meandros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que, num cenário de condenação de Jair Bolsonaro, ele deve cumprir pena em prisão domiciliar.
A leitura é que a saúde delicada do ex-presidente, em decorrência da facada que sofreu em 2018 e das cirurgias que fez no intestino, pesarão de maneira decisiva na definição da pena, caso Bolsonaro seja condenado por tentativa de golpe.
O caso do ex-deputado federal Nelson Meurer, que morreu em 2020 após ser infectado pela Covid-19 depois de uma série de negativas do STF para ir para a prisão domiciliar, é visto como um “trauma” na corte e que deve influenciar no caso do capitão reformado. Condenado na Lava-Jato, Meurer tinha 77 anos.
Entre integrantes do governo que conhecem bem a corte há a avaliação de que o Supremo não vai se arriscar a passar por uma situação parecida, ainda mais com um ex-presidente.
Como informou o Blog de Andréia Sadi, aliados do ex-presidente dão como certa a condenação de Bolsonaro. Diante disso, afirmam que o objetivo hoje é preparar terreno para a prisão domiciliar.
Esse seria um dos motivos do tom ameno, com direito a pedido de desculpas, adotado pelo capitão reformado com o ministro Alexandre de Moraes em seu depoimento, na semana passada.
Como informou a coluna, a defesa de Bolsonaro tem apostado nas novas mensagens atribuídas a Mauro Cid para enfraquecer o processo da trama golpista.
O diálogo publicado pela revista Veja traz críticas supostamente feitas por Cid ao STF, à Polícia Federal e à maneira como seu acordo de delação foi conduzido. Mesmo com o material, aliados de Bolsonaro não acreditam que uma eventual anulação do acordo do ex-ajudante de ordens possa livrar o capitão reformado da condenação.
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