Um levantamento do portal Pernambuco Ligado demonstrou que algumas prefeituras do Sertão do Pajeú recebem apoio oculto de empresários ligados aos prefeitos que atuam junto aos empresários do ramo da música na contratação de artistas.
O esquema que pode ser caminho da corrupção começa na escolha das bandas. Neste primeiro momento, o prefeito recebe orientações reservadas sobre o que pode escolher para seu público. Todavia, o levantamento mostra uma coincidência nas escolhas das bandas que normalmente conseguem superar valores de cachê acima do aplicado, com variações entre as cidades que chegam até 50%. Geralmente o argumento usado para nortear licitações com preços acima do usual é “logística”.
Ainda ficou evidente que, a parte legal do processo licitatório é alcançada, mesmo com valores aplicados aleatórios do preço de mercado. Porém, o retorno para os empresários ocultos, na maioria dos casos ligados aos prefeitos, retorna após o recebimento por um terceiro empresário da música, que não é diretamente ligado ao artista, mas tem a condição legal de negociar seus contratos. Deste modo, as operações parecem legais.
O modelo do esquema dificulta as autoridades fiscalizadoras, precisando um trabalho contra a lavagem de dinheiro, quando nasce após o recebimento dos valores por nota fiscal emitida. Isto posto, lobistas não apresentam nenhum participação, apenas operam como interlocutores ocultos, mas arrecadam milhões de reais.
Não se sabe se prefeitos recebem parte dos valores ou qualquer servidor público. Não houve menção de participação de nenhum artista da música diretamente. O caso precisa de uma profunda investigação das autoridades, diz o portal Pernambuco Ligado.
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