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quarta-feira, 5 de novembro de 2025

Em PE: Gestor de Faculdade é preso por envolvimento em desvios de emendas parlamentares

O empresário apontado pela Polícia Civil como responsável por coordenar o esquema de desvios milionários de emendas parlamentares em Ipojuca, no Grande Recife, foi preso na capital pernambucana (saiba como eram as fraudes). Gilberto Claudino da Silva Júnior estava foragido há um mês e se apresentou na manhã desta quarta-feira (5).

Ele é um dos alvos da Operação Alvitre, da Polícia Civil, que investiga as fraudes e foi deflagrada no dia 2 de outubro (veja vídeo acima). Além de Gilberto, três mulheres foram presas. Outros três homens seguem foragidos (confira nomes mais abaixo).

Segundo o documento, ele se apresentou espontaneamente, acompanhado de advogados, na Central de Flagrantes da Capital, no bairro de Campo Grande, na Zona Norte do Recife, onde foi cumprido o mandado de prisão que estava aberto contra ele. A defesa diz que a acusação é injusta.

O inquérito policial aponta que Gilberto Claudino da Silva Júnior é gestor da Faculdade Novo Horizonte, apontada pela investigação como uma das empresas utilizadas pelo grupo criminoso para praticar os desvios.

Seguem foragidos:

José Gibson Francisco da Silva: presidente do IGPN;

Julio Cesar de Almeida Souza: diretor financeiro do IGPN;

Gerailton Almeida da Silva: considerado um dos principais articuladores do esquema, ele criou o IGPN e cooptado os próprios funcionários para atuarem como “laranjas” e, depois, destituiu os colaboradores, passando a controlar o instituto por meio de pessoas próximas, segundo a polícia.

Morte de professora é investigada

No dia 28 de outubro, a professora universitária Simone Marques da Silva, que era vinculada à Inesp, foi assassinada dentro de casa. Ela foi morta poucas horas depois de ir à Delegacia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, para tentar depor no inquérito sobre os desvios de verbas de emendas parlamentares.

Procurada pelo g1, a Polícia Civil não confirmou se há relação entre a investigação e a morte da professora, mas registrou o caso como "homicídio consumado" e informou que abriu um inquérito "para apurar as circunstâncias do crime e identificar a autoria".

Desvios de emendas parlamentares

O esquema criminoso envolvia o uso de emendas parlamentares impositivas, que é o instrumento utilizado pelos vereadores para destinar parte do orçamento municipal para projetos e áreas específicas (veja vídeo acima). O valor dessas emendas compreende, geralmente, cerca de 2% da Receita Corrente Líquida.

No caso investigado pela Operação Alvitre, os recursos deveriam ser aplicados em serviços de saúde em Ipojuca. As investigações indicam que esses recursos públicos foram destinados a associações de fachada localizadas em outros municípios, que não tinham estrutura ou competência técnica para executar os projetos contratados.

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