A Quaest Consultoria e Pesquisa apresentou a primeira rodada da pesquisa nacional de vitimização e segurança pública realizada em parceria com o Centro Internacional de Gestão Pública e Desenvolvimento da UFMG.
A pesquisa é coordenada pelos professores Felipe Nunes (Quaest) e Jorge Alexandre Neves (UFMG).
Veja os principais achados
Segurança pública é o principal problema do país (37%), seguido da economia (16%), corrupção (11%) e questões sociais (11%).
51% dos brasileiros já foram assaltados, roubados ou furtados alguma vez na vida, sendo que 8% já foram vítimas várias vezes. A maior incidência se dá na região Norte do país.
A sensação dos brasileiros é que a violência e o crime organizado cresceram muito no Brasil no último ano (70%), mas nem tanto na cidade onde mora (42%).
A grande maioria dos brasileiros acredita que a violência e o crime organizado são problemas nacionais (81%). Apenas 16% dizem que a violência está localizada.
Em relação aos casos de violência com repercussão nacional do último ano, 76% dos brasileiros se lembram da notícia de milicianos queimando ônibus no Rio, 70% se lembram de criminosos assassinando médico na orla do Rio, 64% se lembram dos policiais envolvidos em ações violentas em São Paulo, 55% dos casos de violência da polícia na Bahia e 54% das facções criminosas atuando no Rio Grande do Norte
Enquanto observa o crescimento da violência e do crime organizado nacionalmente, a população desconfia das policias e do sistema judiciário. A desconfiança na polícia militar chega a 40% no Brasil, sendo que no Nordeste chega a 46%. O Judiciário é visto com desconfiança por 46% dos brasileiros, índice que chega a 50% na região Sul.
Os brasileiros se dividem quanto ao papel que a justiça vem tendo na solução dos problemas de violência e segurança pública: 53% acham que a justiça não tem feito o que pode para resolver o problema, enquanto 44% acham que sim.
Maioridade penal
É quase unanimidade entre os brasileiros a defesa da redução da maioridade penal (94%), mesmo patamar dos brasileiros que defendem que criminosos pegos com armas pesadas deveriam ter suas penas ampliadas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 16 de novembro com amostra de 2.007 casos e faz um mapeamento sobre os principais desafios da segurança pública no país, trazendo um recorte inédito da repercussão dos últimos casos de violência no Rio de Janeiro.
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