Cerca de um milhão de beneficiários do Bolsa Família deixaram de receber o pagamento neste mês de julho devido ao aumento na renda familiar que tiraram os critérios de elegibilidade, conforme sinalizado pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome nesta sexta-feira (18).
"Isso é fruto de um trabalho de qualificação profissional, apoio ao empreendedorismo, garantindo que as pessoas tenham uma condição de elevar a renda. Com isso, elas saem do Bolsa Família, mas não saem do Cadastro Único. Se lá na frente elas perderem o emprego, voltam automaticamente para o programa", explicou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, conforme informações da coluna Economia Real, do portal Uol.
O levantamento aponta que uma média de 536 mil lares alcançaram o limite da Regra de Proteção, que é uma forma de se manter no Bolsa Família, mas com benefício parcial. Já 385 mil famílias tiveram o teto da Regra de Proteção atingido, com renda maior do que R$ 759 por pessoa.
A Regra de Proteção passou a entrar em vigor em 2023 com o objetivo de auxiliar famílias que estavam saindo da linha da pobreza sem prejudicar o aumento da renda – e assim passam a receber metade do valor por dois anos.
O Cadastro Único (CadÚnico) também passou por novas medidas de modernizações que entraram em vigor em março. Uma delas foi a integração com o Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS). O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS) tem também intensificado a qualificação dos dados do programa. O país tem a meta de ser retirado do Mapa da Fome até 2026.
Outro fator que pode ter contribuído também na retirada dessas pessoas do programa é o aumento no preenchimento de vagas formais por parte das pessoas registradas no CadÚnico.
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