O presidente Lula, durante entrevista na noite desta quinta-feira (10) à TV Globo, rebateu as acusações de Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, de que há uma "caça às bruxas" contra Jair Bolsonaro de maneira forte: "O que o primeiro Trump tem que saber é que se aqui no Brasil ele tivesse feito o que ele fez nos Estados Unidos com as eleições, ele também estaria sendo processado, estaria sendo julgado e, se fosse culpado, estaria preso", disse o presidente Lula, subindo o tom.
"É assim que funciona a lei para todo mundo. Ou seja, nós precisamos aprender a respeitar. Você nunca viu me meter numa decisão de justiça americana. Nunca viu. E o que eu espero é a reciprocidade, que ele também não se meta nos problemas brasileiros", disse Lula. O petista também afirmou que não vê possibilidade de ligar para Trump neste momento, embora tenha ressaltado que tenha mantido conversas com George W. Bush, Bill Clinton, Barack Obama e Joe Biden.
"Eu não tenho nada para conversar com Trump. Aliás, ele não dá motivo para que a gente tenha nada para conversar com ele". disse Lula ao afirma que também ouvirá outros atores como empresários brasileiros e a Organização Mundial do Comércio e também outros países que também enfrentem o tarifaço de Trump. Mas destacou: "eu não terei nenhum problema de pegar o telefone e ligar. Correndo o risco de ele, de forma mal educada, não querer me entender".
No mesmo trecho da entrevista ao Jornal Nacional, Lula afirmou que Jair Bolsonaro tentou dar um golpe de Estado. "Ele não tentou só dar um golpe, ele tentou preparar a minha morte, a morte do presidente da Suprema Corte, que na época era o Alexandre de Moraes, a morte do vice-presidente [Geraldo Alckmin]", disse Lula.
Por fim, Lula mencionou outra vez o processo contra Jair Bolsonaro e outros envolvidos na chamada trama golpista. "Quem vai ser julgado não é o cidadão Bolsonaro, quem vai ser julgado é o alto do processo. Quem tiver razão, será absolvido. Se ele não tiver razão, ele será condenado e, se condenado, vai ser preso. É assim que funciona a justiça no Brasil e assim que eu espero que funcione nos Estados Unidos", declarou o presidente brasileiro.
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