O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aguarda o posicionamento dos advogados de Jair Bolsonaro (PL) sobre um possível descumprimento de medida cautelar que pode acarretar na prisão preventiva do ex-presidente.
Bolsonaro está impedido de utilizar as redes sociais, próprias ou de terceiros.
O ministro esclarece que a proibição também vale para transmissões, repostagens ou divulgação de entrevistas em perfis de terceiros.
Mas, poucas horas depois, Bolsonaro fez um ato com aliados na Câmara, e registros do evento foram parar na internet. No ato no Congresso, Bolsonaro mostrou a tornozeleira eletrônica, que chamou de "máxima humilhação". Disse ainda que "não matou ninguém" para merecer a medida.
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"Não roubei os cofres públicos, não desviei recurso público, não matei ninguém, não trafiquei ninguém. Isso aqui é um símbolo da máxima humilhação em nosso país. Uma pessoa inocente. Covardia o que estão fazendo com um ex-presidente da República. Nós vamos enfrentar a tudo e a todos. O que vale para mim é a lei de Deus", disse o presidente.

O vídeo desse momento foi publicado em uma conta do Instagram identificada como "apoio" do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), aliado de Bolsonaro.
Moraes se posicionou horas depois, afirmando que o ex-presidente agiu dessa forma com intenção de ter o momento exibido nas plataformas digitais.
Para o ministro, já houve descumprimento de medida cautelar e, portanto, justificativa para decretar prisão preventiva.
"A medida cautelar de proibição de utilização de redes sociais inclui, obviamente, as transmissões, retransmissões ou veiculação de áudios, vídeos ou transcrições de entrevistas em qualquer das plataformas, inclusive por terceiros", escreveu Moraes.