O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) divulgou uma carta nesta segunda-feira (21), durante a Semana Internacional da Agricultura Familiar, em que critica e faz uma série de cobranças ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No documento, o movimento cita o recente discurso em defesa da soberania nacional adotado pela atual gestão petista diante do tarifaço do governo de Donald Trump para pressionar o governo a enfrentar questões internas do Brasil.
“Soberania nacional só é possível com soberania alimentar. E a soberania alimentar se constrói com a agricultura familiar camponesa e com a reforma agrária”, diz a carta.
O principal ponto defendido pelo MST na carta é uma cobrança ao governo Lula por mais celeridade em realizar uma reforma agrária no Brasil. Dados do movimento indicam que existem cerca de 400 mil famílias assentadas esperando a implementação de políticas públicas. Na carta, intitulada "Lula, cadê a reforma agrária?", o MST expressa sua insatisfação com o ritmo atual das ações governamentais no setor.
Aliado histórico de Lula, o MST cobra ainda do presidente e dos ministérios que a reforma agrária seja colocada como prioridade no governo.
“Arrancamos nas ruas e nas urnas uma importante vitória para o povo brasileiro ao elegermos Lula presidente. As forças populares, mulheres, negros e negras, juventude, sujeitos LGBTI+, povos originários e a classe trabalhadora do campo e da cidade, foram protagonistas dessa vitória”, diz o documento.
“Por essa razão, exigimos que o governo se comprometa, de forma real e efetiva, com a destinação de terras e recursos condizentes com as necessidades concretas das famílias camponesas. Assim, confiamos no compromisso histórico do presidente Lula para orientar seus ministérios a atuarem de forma mais célere nessa direção”, emenda.
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