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sábado, 26 de julho de 2014

O PT envelheceu e só tem Lula como única alternativa de poder

PT
Fica difícil avançar previsões  a respeito de que partido alcançará maioria na Câmara, nas eleições de outubro. Há quatro anos o PT chegou na frente, com mais deputados do que o PMDB, tradicionalmente ocupante da posição.  A duras penas, até hoje, apesar dos troca-troca, os companheiros mantiveram o título de maior bancada.  A dúvida é se  continuarão.
Entre os dirigentes maiores  do PT, a começar pelo Lula, registra-se  certa inquietação sobre se o desgaste da presidente Dilma como candidata à reeleição  repercutirá nas eleições para o  Congresso. No Senado, dada a renovação de  apenas um terço de seus integrantes, deverá permanecer o mesmo conjunto de forças, com a maioria folgada do PMDB.  O diabo é a Câmara,  onde  PT   até hoje  vem equilibrando  o jogo, com sua maioria.
Um dos principais fatores da intranqüilidade é a falta de renovação nos quadros do partido oficial. Fora exceções, são os mesmos que há tempos o  conduzem,  nos estados. Melhor exemplo não há do que a má vontade dos caciques petistas diante da candidatura do  senador Lindbergh Farias a governador do Rio. Ele parece haver embaralhado acordos e tendências.
Numa palavra, o PT envelheceu.  Qual a alternativa para  uma hoje improvável substituição de Dilma como candidata,  a não ser o Lula. Como alternativa para a presidência da Câmara, sobrou Arlindo Chinaglia, não propriamente um novato.
Pior fica a situação quando se nota que, além das pessoas, as ideias e os propósitos também não foram renovados. Falta aquela garra  que marcou a fundação e os  anos iniciais do partido. Em vez de mudar, foi mudado. (Por Carlos Chagas, jornalista/Farol de Notícias)

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