Imagem divulgada pela polícia do suspeito de matar nutricionista; acima, bolsa que estava com a vítima no dia do crime encontrada na casa dele (Foto: Carolina Sanches/G1)
Leonardo Lourenço da Silva, 31, suspeito de matar a nutricionista Renata Almeida de Sá no último dia 14, cometeu o crime porque a vítima se recusou a entrar em um motel com ele e resistiu à tentativa de estupro, concluiu a polícia após as investigações. A informação é do titular da Delegacia de Homicídios, Cícero Lima, que concedeu detalhes do crime na manhã desta sexta-feira (01) junto ao delegado responsável pelo caso, Leonan Pinheiro, em entrevista coletiva realizada na Delegacia Geral, no bairro de Jacarecica.
"Ele a encontrou na rua e a abordou. O suspeito dirigia o carro com ela ao lado. Eles ficaram cerca de 40 minutos em frente ao motel, mas ela não cedeu. Ele ainda foi calculista, porque apagou as digitais do carro para não ser identificado", afirmou o delegado Leonan Pinheiro.
Lourenço cumpria pena por crime de latrocínio (roubo seguido de morte), ocorrido em 2004. Ele saiu da prisão este ano após conseguir progressão de pena, mas voltou a cometer crimes. De acordo com a polícia, o suspeito também é responsável pelo estupro de uma mulher em um motel na parte alta da capital, no dia 23 de junho, e de outros crimes em Goiás.
À época, a vítima informou à polícia que foi abordada por um homem com características que batem com o perfil de Lourenço. A abordagem também foi semelhante a que aconteceu no caso da nutricionista. Ele anunciou o assalto, mas antes de roubar o carro em que ela estava, levou a vítima a um motel e a estuprou. Mas, neste caso, a vítima foi liberada e o carro abandonado no dia seguinte.
O suspeito foi preso em casa, no bairro do Farol. Na residência dele a polícia encontrou a bolsa que estava vítima no dia do crime e uma lanterna que dá choque, o objeto possivelmente era usado para ameaçar as vítimas.
Mesmo com a prisão, a polícia informou à reportagem do G1 que as investigações sobre o crime continuam.
Entenda o caso
O corpo da jovem nutricionista foi encontrado no último dia 14, em um matagal no bairro de Santa Amélia, parte alta de Maceió. Renata Almeida de Sá, que era do município de São Miguel dos Campos, foi assassinada com dois tiros, um no pescoço e outro na nuca, segundo a polícia. De acordo com as investigações, ela havia saído de casa em um Renault Sandero, de cor prata, que pertence à empresa em que trabalhava.
O carro foi deixado na calçada de uma loja na Avenida Durval de Góes Monteiro, no Tabuleiro do Martins, no mesmo dia em que o corpo foi encontrado. O veículo foi descoberto pela polícia na manhã de terça-feira (15) e periciado pelo Instituto de Criminalística (IC). Após a perícia, o veículo foi levado para a Delegacia de Homicídios. (Carolina Sanches e Cau Rodrigues Do G1 AL)
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