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quarta-feira, 27 de abril de 2016

Crise se tornou estado de decadência, aponta senador Cristovam Buarque


O senador Cristovam Buarque (PPS), do Distrito Federal, afirma que a crise que o Brasil enfrenta já avançou de estágio e agora se tornou "um estado de decadência". O congressista é suplente da comissão especial do Senado que discutirá o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e prefere não estimar se a chefe do país será cassada ao final da tramitação. 

"Na análise do mérito a presidente perderia, mas em 5 meses ninguém sabe o que vai acontecer. Haverá o julgamento do processo. O perigo é que nós podemos sair da decadência e entrar numa degradação da sociedade. O problema é que com Dilma o Brasil vai ficar numa crise econômica muito forte. Com o Temer, ninguém sabe o que vai acontecer. O PT está muito ativo nas ruas, chamando o processo de golpe, que não é golpe. Está previsto na constituição", disse o senador em entrevista à Metrópole FM na manhã dessa quarta-feira (27).

Buarque é um dos senadores independentes que defendem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para novas eleições. “O ideal era ter uma eleição para todos. Uma eleição antecipada traria alguém com confiança, credibilidade. As ruas tendem a dividir a sociedade. No caso dos partidos a gente tem que convencer, existe um idioma ptês, psdebês, pcdobês... é assim no Brasil”, brincou o parlamentar. 

De acordo com o legislador, uma saída para a situação de crise no país seria a implantação de reformas. “O problema é que os políticos ainda não despertaram a revolução que tem que ser feita na educação. A principal causa de nós estramos nessa situação é que nós não fizemos as reformas necessárias, a reforma política e a reforma administrativa. Lula não fez nenhuma reforma estrutural, a inflação come o Bolsa Família. Não existiu uma reforma concreta no governo Lula. O governo do PT não se comprometeu com as reformas, não se comprometeu com a ética e não fez as reformas", frisou. 

Blog: O Povo com a Notícia