O senador Cristovam Buarque (PPS), do Distrito Federal, afirma que a
crise que o Brasil enfrenta já avançou de estágio e agora se tornou "um
estado de decadência". O congressista é suplente da comissão especial do
Senado que discutirá o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff
(PT) e prefere não estimar se a chefe do país será cassada ao final da
tramitação.
"Na análise do mérito a presidente perderia, mas em 5 meses
ninguém sabe o que vai acontecer. Haverá o julgamento do processo. O perigo é
que nós podemos sair da decadência e entrar numa degradação da sociedade. O
problema é que com Dilma o Brasil vai ficar numa crise econômica muito forte.
Com o Temer, ninguém sabe o que vai acontecer. O PT está muito ativo nas ruas,
chamando o processo de golpe, que não é golpe. Está previsto na
constituição", disse o senador em entrevista à Metrópole FM na manhã dessa
quarta-feira (27).
Buarque é um dos senadores independentes que defendem a Proposta de
Emenda à Constituição (PEC) para novas eleições. “O ideal era ter uma eleição
para todos. Uma eleição antecipada traria alguém com confiança, credibilidade.
As ruas tendem a dividir a sociedade. No caso dos partidos a gente tem que
convencer, existe um idioma ptês, psdebês, pcdobês... é assim no Brasil”,
brincou o parlamentar.
De acordo com o legislador, uma saída para a situação de crise no país
seria a implantação de reformas. “O problema é que os políticos ainda não
despertaram a revolução que tem que ser feita na educação. A principal causa de
nós estramos nessa situação é que nós não fizemos as reformas necessárias, a
reforma política e a reforma administrativa. Lula não fez nenhuma reforma
estrutural, a inflação come o Bolsa Família. Não existiu uma reforma concreta
no governo Lula. O governo do PT não se comprometeu com as reformas, não se
comprometeu com a ética e não fez as reformas", frisou.
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