A equipe de Dilma Rousseff já discute com ela a possibilidade de a
presidente viajar pelo mundo para dizer que está sendo vítima de um
"golpe". Ela começaria o périplo depois que o Senado votasse a
admissibilidade do impeachment, em maio – o que a obrigará a deixar o cargo à
espera do julgamento final da Casa, de acordo com informações da colunista
Monica Bêrgamo.
Ainda segundo a publicação, no roteiro imaginado por ministros entrariam
países da América Latina comandados por governos de centro-esquerda, como Chile
e Uruguai, além de França, Itália e Espanha, onde Dilma visitaria
representantes de partidos de esquerda.
A presidente Dilma já concorda com a ideia de apresentar proposta
antecipando as eleições presidenciais, abrindo mão de dois anos de mandato. Ela
só não bateu ainda o martelo porque CUT e MST se manifestaram contra a
proposta. As entidades acreditam que a iniciativa legitimaria o impeachment.
Segundo a colunista, a posição das entidades também empurra Lula para a
dúvida. Ele teme que a proposta de "Diretas Já" caia no vazio se não
tiver forte apoio "das ruas", ou ao menos dos movimentos sociais que
sempre apoiaram o PT e o governo.
Os principais ministros de Dilma – Ricardo Berzoini, da Secretaria Geral,
Jaques Wagner, da Casa Civil, e José Eduardo Cardozo, da Advocacia Geral da
União – são entusiastas da ideia e seguem tentando convencer Dilma a mandar a
proposta ao Congresso Nacional.
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