Inconformada com os rivais que a
responsabilizam pela crise que carcome a economia brasileira, Dilma Rousseff
decidiu reagir. Reiterou que a culpa é do mundo, que reduziu o preço que pagava
pelas commodities do Brasil. E levou ao cadafalso um culpado novo. O Congresso Nacional não se engajou na
aprovação de nenhuma reforma do país, disse ela numa entrevista à emissora
americana CNN.
Dilma
não explicou muito bem a que reformas se referia. Tampouco esclareceu por que
foi abandonada pelos partidos do conglomerado governista, ultramajoritário no
Legislativo. Um conglomerado movido pelo tilintar de cargos, de verbas
orçamentárias, de mensalões e de petrolões.
No
tempo em que era a supergerente vendida por Lula em 2010, Dilma sustentava que
não havia crise no Brasil, que a Petrobras era uma empresa sólida e que reforma
era coisa de oposicionista interessado em eliminar benefícios sociais. Agora,
prestes a ser afastada da poltrona de presidente pelo Senado, Dilma parece se
dar conta de que também está sujeita à condição humana. Logo, logo talvez
enxergue outro responsável pela crise no reflexo do espelho.
Blog: O Povo com a Notícia