Servidores do Supremo Tribunal
Federal (STF) encontraram, há cerca de duas semanas, um aparelho de escuta
ambiental no gabinete do ministro Luís Roberto Barroso. O equipamento estava
desativado e localizado dentro de uma caixa abaixo de uma das mesas da sala.
A escuta passa por análise de
técnicos do tribunal e ainda não há informações sobre se conversas do ministro
ou de sua equipe foram interceptadas.
Segundo a assessoria do STF,
porém, como o equipamento estava desativado, não haverá investigações sobre quem
teria colocado o aparelho dentro do gabinete.
Recentemente, entre os casos
mais importantes da Corte, o ministro relatou ação que definiu o rito do
processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
O aparelho encontrado estava
localizado dentro de uma caixa cheia de fios. Oficialmente, o STF não deu mais
detalhes do caso, por razões de segurança.
Periodicamente, a equipe de
segurança realiza varreduras em todos os gabinetes. Esta não é a primeira vez
que surgem indícios de espionagem no STF. Em 2008, uma reportagem da revista
“Veja” revelou uma conversa telefônica entre o então presidente da Corte,
ministro Gilmar Mendes, e o ex-senador Demóstenes Torres (DEM-GO). O grampo
teria sido repassado por um servidor da Agência Brasileira de Inteligência
(Abin), subordinada ao governo.
Na época, o então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva determinou o afastamento provisório de toda a cúpula
da Abin. Lula disse, na ocasião, que o afastamento ocorreu para que houvesse
transparência nas investigações sobre grampos ilegais. (Via: G1)
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