O senador Fernando Collor
(PTC-AL) relembrou seu processo de impeachment durante pronunciamento na noite
desta quarta-feira (11). Ele iniciou com um trecho do livro de Ruy Barbosa,
“Ruínas de um Governo”, o mesmo citado em 1992 em seu processo. Segundo Collor,
o mesmo trecho se encaixa, atualmente, no governo na presidente Dilma Rousseff.
"Chegamos
ao ápice de todas as crises. Chegamos as ruínas de um governo, de um país. Este
é o motivo pelo qual discutimos possíveis crimes de responsabilidade da
presidente. O maior crime de responsabilidade está no desleixo com a política,
na irresponsabilidade com os déficits fiscais, o aparelhamento do estado, ação
ou omissão em relação a decisões da justiça. Seja qual for o resultado de hoje,
precisamos virar esta página", afirmou.
Collor
ainda citou que anos após seu impedimento foi absolvido pelo STF, mas não
recebeu nenhuma reparação. Segundo ele, seu processo levou quatro meses, já o
da atual presidente “são oito meses e, ao depender de hoje, serão mais seis
meses”. “O rito é o mesmo, mas o ritmo não”.
O
senador ainda afirmou que chegou a avisar a presidente Dilma dos erros em seu
governo, mas não foi ouvido. “Não foi por falta de aviso. Fui a diversos
interlocutores que eu antevia e que desembocaram nessa crise política. Nos
raros momentos com a presidente sugeri uma reconciliação de seu governo com os
eleitores e com a classe política. Alertei sobre a possibilidade de sofrer
impeachment. Alertei sobre minha preocupação. Ouvidos de mercador.
Hoje não vemos sequer uma lágrima. Uma lágrima de vergonha que seja. O que se vê é uma defesa rouca", apontou.
Hoje não vemos sequer uma lágrima. Uma lágrima de vergonha que seja. O que se vê é uma defesa rouca", apontou.
“A
história me reservou este momento. Seja qual for o resultado de hoje,
precisamos virar esta página”, concluiu.
Apesar
do registro e das críticas, Collor não anunciou seu voto.
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