O ex-ministro da Fazenda Guido
Mantega foi alvo de condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e
depois é liberada) na nova fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta
segunda-feira (09) pela Polícia Federal.
A condução de Mantega foi autorizada pela Justiça Federal. Investigadores
da Zelotes querem apurar a ligação de Mantega com empresa que é suspeita de
comprar decisões do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado
ao Ministério da Fazenda.
Além da condução de Mantega, a PF deve cumprir cerca de 30 mandados, de
busca e apreensão e de condução coercitiva, na atual fase da Zelotes. Agentes
foram ao Distrito Federal e para os estados de Pernambuco e São Paulo.
Em novembro do ano passado, o juiz titular da 10ª Vara da Justiça Federal,
Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela Zelotes, autorizou a quebra dos
sigilos bancário e fiscal de Guido Mantega. O objetivo era apurar se ele tinha
envolvimento no suposto favorecimento de empresas que obtiveram decisões
favoráveis no Carf.
Na época, os investigadores também quiseram levantar mais informações
sobre a relação do então ministro com o empresário Valmir Sandri, dono da
Cimentos Penha, grupo empresarial que conseguiu abater débito de R$ 106 milhões
no “tribunal da Receita”. Os dois seriam amigos e já fizeram negócios
imobiliários.
O ex-ministro informou, por meio de um auxiliar, na ocasião, que refutava
qualquer alegação sobre seu envolvimento nas irregularidades do Carf. Ele
acrescentou que não comentaria a decisão da Justiça.
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