A diretoria do SINPOL-PE anunciou durante coletiva na manhã desta terça-feira (16) um movimento de LOCKDOWN NA SEGURANÇA PÚBLICA EM PERNAMBUCO, onde os Policiais Civis cruzam os braços nesta quinta-feira, dia 18 de março, com suspensão dos serviços prestados pela categoria em todo o Estado de Pernambuco, sendo acompanhado por mais seis estados nordestinos que aderiram ao movimento, totalizando sete estados do Nordeste.
De acordo com o presidente do
Sindicato dos Policiais Civis de Pernambuco (SINPOL PE), Rafael Cavalcanti,
nesta quinta-feira, 18, das 8h às 12h, haverá suspensão das atividades da
Polícia Civil nos Estados de Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do
Norte Paraíba e Piauí.
Durante o período do
movimento, diversos serviços não serão cumpridos nesses Estados. Em Pernambuco,
serão suspensos: Confecção de Boletim de Ocorrência (BO), lavratura de
flagrante, lavratura de TCOs, intimações, investigações, cumprimento de
mandatos de prisão, dentre outros serviços, com exceção dos serviços do
Instituto Médico Legal (IML), porém os demais serviços burocráticos estarão
suspensos durante o Lockdown da Segurança Pública. Os policiais civis exigem a
vacinação imediata de toda a categoria, que está exposta de forma negligente à
Covid-19, EPIs para os policiais, mínimas condições de trabalho e ainda
protestam contra a PEC 186.
“Nossa
categoria já vinha sofrendo sem estrutura necessária para desempenhar seu
trabalho com segurança, e com o advento da Pandemia a situação ficou ainda mais
precária, sem o fornecimento de EPIs. Desde o início da Pandemia, morreram mais
policiais em decorrência da Covid-19 do que em confronto com a criminalidade.
Foram mais de 80 policiais que perderam a vida nos últimos 12 meses, e um em
confronto durante o trabalho, sem falar dos suicídios. Chegamos ao nosso
limite. Queremos vacina para toda a categoria, condições de trabalho e nosso
grito de NÃO à PEC 186“, ressaltou Rafael Cavalcanti, que informou
ainda ter solicitado através de oficio ao Governo do Estado e à Secretaria de
Saúde, em janeiro, a prioridade da vacina aos Policiais Civis e até hoje não
obteve nenhuma resposta concreta de quando a categoria será vacinada.
“Ressalto
ainda que no dia 03 de março o Governo de Pernambuco solicitou a suspensão do
trabalho de home office das policiais civis gestantes e policiais que tem
comorbidades, o que é um completo absurdo, no pico da pandemia, expor esses
profissionais mais vulneráveis ao risco“, enfatizou Rafael
Cavalcanti.
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