Além de impedir o desenvolvimento da forma grave da Covid-19, as vacinas têm apresentado outros efeitos positivos, após quatro meses do início da aplicação. Um deles é a capacidade dos imunizantes de controlar a transmissão do vírus.
Estudos começam a mostrar as primeiras evidências de que a vacina Oxford/AstraZeneca, por exemplo, é capaz de frear essa transmissão. Atualmente, há 13 imunizantes aprovados e 83 em fase de testes clínicos. E esses números tendem a continuar subindo, de acordo com os especialistas.
Com a vacinação em massa em lugares como Reino Unido e Israel, os especialistas avaliam que será possível observar uma queda nas ocorrências inclusive entre não vacinados. “A parte da população imunizada acaba beneficiando aquela que ainda espera pelas doses”, afirmou o infectologista Renato Kfouri
“Não daria para estender o período de observação para exigir um prazo maior”, explicou a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência. Da mesma forma, estabeleceu-se como satisfatória a taxa de eficácia de 50% contra a doença e seus agravamentos (vale destacar que nenhuma vacina para diferentes doenças é 100% eficaz, e em geral taxas acima de 60 e 70% são consideradas boas).
Mas é possível esperar esse efeito nos produtos já em uso contra a Covid-19? De acordo com Renato Kfouri, ainda faltam evidências. “Mas com as vacinas atuais, como a da Pfizer e da Moderna, que têm em torno de 95% de eficácia, a disseminação diminui de maneira muito significativa”, explicou.
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