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segunda-feira, 13 de novembro de 2023

Assim como Ana Hickmann, 140 mulheres pedem socorro à polícia por dia em PE

Em Floresta, no Sertão de PE, a vítima pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo Disque Denúncia

O caso de violência doméstica denunciado pela modelo e apresentadora Ana Hickmann, no último fim de semana, reforça o alerta para que as vítimas desse tipo de crime procurem ajuda da polícia e denunciem seus agressores imediatamente.

Em Pernambuco, uma média de 140 mulheres registram queixa de violência doméstica todos os dias. Entre janeiro e outubro deste ano, foram 42.202 casos somados pela polícia. Houve um aumento de 17,8% em relação ao mesmo período de 2022, quando 35.825 vítimas pediram socorro.

Os números da Secretaria de Defesa Social (SDS) revelam que mais mulheres estão se sentindo encorajadas a acionarem a polícia quando são vítimas de violência. Ainda assim, segundo a polícia, muitas não procuram ajuda no primeiro sinal de agressão.

"A gente costuma dizer que a violência doméstica é uma violência progressiva. Normalmente começa com a violência verbal, moral, psicológica, até que chega nesse momento da violência física", explicou a delegada Tereza Nogueira, em entrevista à TV Jornal.

A delegada reafirmou que a violência contra a mulher independe de classe social. E que, na maioria das vezes, elas passam por dificuldades de perceber que estão sendo vítimas de violência praticada pelo companheiro.

"Primeiro é preciso se reconhecer como uma mulher vítima de violência, independente da classe social, da trajetória. Esse é um passo extremamente difícil", afirmou Tereza Nogueira.

LEI MARIA DA PENHA

A Lei Maria da Penha, que completou 17 anos, prevê cinco tipos de violência: física, psicológica, sexual, moral e patrimonial.

Em Pernambuco, uma das denúncias muito comuns é o crime de dano, que faz parte do rol da violência patrimonial.

Quando o agressor estoura o celular ou notebook da mulher, por exemplo, ele está cometendo o crime de dano qualificado. A mulher pode procurar a polícia e pedir uma medida protetiva de urgência, inclusive.

A apropriação indébita é outra questão que também é pouco conhecida entre as mulheres que sofrem violência.

Neste caso, trata-se da apropriação de coisa que não é sua, mas que você tem a posse. Por exemplo: a mulher empresta o carro ao namorado, mas, quando rompem a relação, ele não quer devolver. Não se trata de crime de furto, mas de apropriação indébita.

SOLICITAÇÃO DE MEDIDAS PROTETIVAS

A mulher pode solicitar a medida protetiva de urgência em qualquer caso de violência sofrido no âmbito da Lei Maria da Penha.

Somente no primeiro semestre, 238 mulheres com medidas protetivas passaram a ser protegidas por monitoramento eletrônico 24h em Pernambuco. Ao longo de 2022, o número chegou a 404.

COMO PEDIR AJUDA

Para denúncias e informações, a Ouvidoria Estadual da Mulher atende gratuitamente pelo telefone 0800-281-8187. Em caso de emergência policial, a orientação é ligar para o 190.

Qualquer pessoa, como um vizinho, por exemplo, pode entrar em contato com a polícia caso perceba algum ato de violência.

As vítimas podem procurar qualquer delegacia do Estado para registrar queixa, mas há 15 que são especializadas para o atendimento às mulheres. Desse total, seis funcionam 24 horas. As outras só de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h.

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Veja lista das delegacias da Mulher abertas 24h:

- Recife (1° DEAM)

Praça do Campo Santo, s/n, Santo Amaro

Tel. (81) 3184.3352

- Jaboatão dos Guararapes (2° DEAM)

Estrada da Batalha, s/n, Prazeres

Tel. (81) 3184-3445

- Petrolina (3° DEAM)

Rua Castro Alves, 57, Centro

Tel. (87) 3866-6625

- Caruaru (4° DEAM)

Av. Portugal, n° 155, Universitário

(81) 3719-9106

- Paulista (5° DEAM)

Rua do Cajueiro, s/n, Praça Frederico Lundgren, Centro

(81) 3184-7072

- Olinda

Avenida Governador Carlos de Lima Cavalcanti, 2405, Casa Caiada