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quinta-feira, 16 de novembro de 2023

Impeachment do ministro dos Direitos Humanos é pedido por 41 deputados

Assinado por 41 deputados, um pedido de impeachment do ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, será protocolado na Câmara dos Deputados.

Encabeçado pelo bolsonarista Rodrigo Valadares, o pedido de afastamento ocorre após pasta de Almeida confirmar ter pago passagens aéreas e diárias para Luciane Farias, conhecida como a Dama do Tráfico, participar de agendas do governo federal em Brasília.

Os parlamentares sustentam que há legitimidade para a abertura do processo de impeachment, uma vez que um dos artigos para crime de responsabilidade é “proceder de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo”.

Mulher de Clemilson Farias, um dos principais líderes do Comando Vermelho, Luciane teve reuniões no Ministério dos Direitos Humanos e no Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Ela também aproveitou a estadia em Brasília para conversar com deputados como André Janones e Guilherme Boulos.

A Dama do Tráfico foi condenada a 10 anos de prisão por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa, mas recorreu e responde em liberdade.

“O custeio de passagens e diárias foi realizado com recursos de rubrica orçamentária destinado pelo Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania ao Comitê, que observou as indicações dos comitês estaduais para a participação no encontro”, diz trecho de nota divulgada pela pasta.

“Nem o ministro nem a secretária nem qualquer pessoa do gabinete do ministro teve contato com a indicada ou mesmo interferiu na organização do evento que, insistimos, contou com mais de 70 pessoas do Brasil todo e que franqueou aos comitês estaduais a livre indicação de seus representantes”, continuou o Ministério dos Direitos Humanos.

Fogo amigo

O Palácio do Planalto suspeita de fogo amigo, com objetivo de atingir Flávio Dino, na revelação da visita da Dama do Tráfico ao Ministério da Justiça. Isso porque as agendas ocorreram no primeiro semestre, mas só foram reveladas agora, às vésperas da indicação que Lula fará ao STF.

Antes de a oposição descobrir que o Ministério dos Direitos Humanos custeou as despesas de Luciane Farias em Brasília, Dino era o alvo preferencial dos ataques.

Dino, por sua vez, tem dito que não atua para ocupar uma cadeira no Supremo. “Lula e eu nunca tivemos essa conversa”, repete, quando questionado sobre o assunto.

Mesmo perdendo o favoritismo, Dino ainda é visto como possível nome a ser indicado pelo presidente para a vaga de Rosa Weber. Ele disputa a preferência com Jorge Messias [atual advogado-geral da União] e Bruno Dantas [presidente do Tribunal de Contas da União].

Reservado, Lula evita dar pistas sobre quem irá escolher, mas garante que o martelo será batido ainda este ano. (Via: Metrópoles)

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