O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados já trataram de mudar o discurso sobre o acordo de delação premiada do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid.
De acordo com a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, inicialmente, Bolsonaro vinha resistindo a possibilidade de a delação o afetar diretamente. No entanto, o ex-presidente passou a avaliar que ele pode se tornar a “peça central da delação” de Cid, quando os depoimentos do ex-ajudante de ordens passaram ser revelados.
Um dos pontos que fizeram ligar o sinal de alerta foi quando Mauro Cid revelou que Bolsonaro realizou uma reunião com comandantes das Forças Armadas para debater uma minuta golpista, depois do resultado das eleições presidenciais que mostrara a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Agora, Bolsonaro adotou o discurso de que os fatos citados na delação se tratam de uma invenção de Mauro Cid para se “livrar” dos erros que o ex-presidente atribui ao ex-ajudantes de ordens.
Ainda segundo a publicação, o clã Bolsonaro vem se irritando com o militar por ele ter “preservado o conteúdo de seu telefone celular”. A postura vai de encontro com o que é adotado pelo ex-presidente, que evita falar algo comprometedor pelo telefone.
Nesta semana, um novo trecho da delação de Cid foi revelado pela coluna de Aguirre Talento no portal UOL. O colunista revelou que o ex-ajudante de ordens disse que Bolsonaro queria esconder alvos da PF no Palácio da Alvorada. O ex-presidente e seu entorno negam a informação e transferem a culpa para Cid.
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