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quarta-feira, 6 de dezembro de 2023

Câmeras de segurança mostram momento em que delegado mata própria esposa e enteada; Saiba mais

A Justiça determinou que ele vá a júri popular, previsto para ocorrer no dia 15 de maio de 2024

As câmeras de segurança da casa do delegado da Polícia Civil, Erik Wermelinger Busetti, mostram os exatos momentos em que ele matou a própria esposa e a enteada. O homem cometeu o crime contra a escrivã Maritza Guimarães de Souza, 41 anos, e a filha da mulher, Ana Carolina de Souza Holtz, 16. As vítimas foram mortas a tiros em 4 de março de 2020, em Curitiba.

O caso aconteceu na residência onde a própria família morava, localizada na Avenida Marechal Mascarenhas de Moraes, no bairro de Atuba, em Curitiba, capital paranaense. O local contava com diversas câmeras instaladas ao redor da casa, e todas elas registraram o antes e depois do assassinato.

As filmagens mostram que uma discussão do casal começou por volta das 21h, os dois 'batem boca' até 00h, quando a mulher pega a bolsa e desce da escada, dando a entender que sairia da casa. Em um determinado momento, num quarto da casa, está uma filha do casal, de 9 anos, que estava dormindo. No outro, Ana, enteada do delegado, aparece usando o computador. Erik chega, bate na porta do quarto da menina de 16 anos, que é agredida com socos, chutes e tapas.

Quando ouve gritos da sua filha, Maritza volta para a casa para averiguar o que está acontecendo e tenta defender a jovem das agressões. Outra câmera mostra quando o delegado dispara várias vezes contra as duas, que morreram abraçadas no chão da casa.

O delegado está preso, ele foi detido em flagrante ao admitir que cometeu o crime para dois policiais militares. Ao ser interrogado, Erik ficou em silêncio. O homem está detido no Complexo Médico-Penal, na cidade de Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba.

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Veja vídeo:

O delegado foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por duplo feminicídio. As promotoras apontam que Ana Carolina e Maritza não puderam se defender.

Ana Carolina Souza, de 16 anos, era filha de Maritza e enteada de Busetti — Foto: Arquivo pessoal

Delegado Erik Busetti (em imagem de arquivo da RPC) é suspeito de matar a esposa e a enteada a tiros, em Curitiba — Foto: Arquivo/RPC

No caso do assassinato de Maritza, também incide a qualificadora de motivo torpe porque, segundo a acusação, ele não aceitava os termos do fim da relação.

O casal estava junto havia, aproximadamente, dez anos, e estava em processo de separação, pelo menos, um ano antes do crime, conforme o relato de testemunhas e familiares.

Dias antes de ser denunciado pelo Ministério Público, Busetti foi indiciado pela Polícia Civil por duplo feminicídio com incidência de aumento de pena por ter cometido o crime próximo da filha de nove anos.

A menina estava no quarto dormindo, mas, de acordo com a delegada responsável pelas investigações, estava muito próxima e acordou com os disparos.

A criança não ficou ferida e foi levada para a casa de um vizinho pelo acusado após o ocorrido.

A Justiça determinou que ele vá a júri popular, previsto para ocorrer no dia 15 de maio de 2024.

O delegado estava lotado na Delegacia do Adolescente e, até janeiro de 2019, estava à frente do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria).

Maritza trabalhava como escrivã na Divisão de Planejamento Operacional da Polícia Civil. (Via: G1)