Uma noite que será lembrada de
forma traumática por muitos que foram ao palco do Marco Zero nesta
segunda-feira (08) de Carnaval. No dia em que bandas como Nação Zumbi, Jota
Quest e O Rappa fizeram shows, o local foi dominado por uma onda de violência.
Até o término da apresentação da Nação, a situação ainda estava controlada. Foi
durante o show da banda mineira Jota Quest que tudo se agravou. Quem estava
pelas redondezas testemunhou diversos episódios de arrastões, garrafadas e
brigas. Quem aproveitava dos camarotes, preferiu esperar os ânimos acalmarem
para deixar as estruturas; e muita gente que curtia nas ruas, desistiu de conferir
os shows.
No Facebook,
internautas relatavam cenas de horror. "Depois do que eu vi hoje no
Recife Antigo após o show de Nação Zumbi, cheguei a uma conclusão: Recife não
tem estrutura correta e nem uma política coerente para realizar uma festa de
grande porte como o Carnaval. Muitos assaltos, arrastões, pessoas depredando os
ônibus na frente de todo mundo, polícia omissa (na verdade nem polícia
suficiente tinha), sem táxi algum (os táxis que queriam entrar dentro da região
não podiam, pois eram impedidos de passar por policiais no Cais José Estelita e
desviavam caminho)", relatou o internauta Bruno Souza, em uma publicação
no grupo Direitos Urbanos.
Vários internautas
compartilharam e comentaram a publicação. "A volta foi - como de costume -
um verdadeiro Walking Dead. Sem táxi, a multidão que escoava do Rec Beat,
Parador e Marco Zero e sofria por um ônibus. Tava tudo travado. A mobilidade só
piora a cada ano", comentou Rafael Pérez.
Eider Dantas, que
estava com os filhos, contou que as crianças ficaram bastante
assustadas. "Pouco antes da meia-noite fomos tomar o ônibus para o
Shopping Recife. A fila dava a volta completa no quarteirão, aguardamos mais de
duas horas para entrarmos no ônibus, com direito à tumulto na entrada e mais
que superlotação dentro do mesmo. Ainda na fila, um grande susto com uma
correria geral, talvez briga ou arrastão na parte externa do parador. As
crianças estão assustadíssimas", relatou.
O FolhaPE entrou em contato com a Polícia Militar de
Pernambuco para uma resposta sobre os arrastões e brigas, mas até o momento não
obteve resposta. Sobre a mobilidade, a equipe tentou acionar a Prefeitura do
Recife, mas, até o momento, não obteve sucesso.
Blog: O Povo com a Notícia