A polícia divulgou, na manhã de ontem quarta-feira (26), detalhes da prisão do suspeito de matar o servente de construção civil Cláudio Marques dos Santos Filho, 30 anos, em uma estação do metrô do Recife. O suspeito foi detido na segunda-feira (24), na praia de Três Carneiros, na casa de uma avó de criação, após denúncia.
Durante as investigações, descobriu-se que o suspeito já havia sido condenado por tráfico de drogas, chegando a cumprir dois anos e seis meses de reclusão e é acusado de outra morte. “Ele responde processo em Jaboatão, por um homicídio cometido no final de 2012, encaminhado para a Justiça e já com prisão decretada. Além disso, ele é investigado por um crime em Zumbi do Pacheco e na Praia de Gaibu.
Recebemos mais denúncias de crimes”, detalha o delegado responsável pelo caso, Wagner Domingues.
O crime do metrô aconteceu na linha sul do metrô, no dia 31 de maio à noite. A vítima estava voltando para casa com um colega do trabalho, quando viram um senhor aparentemente alcoolizado entrar no metrô. Eles teriam rido e teria se iniciado uma discussão verbal. A vítima foi atingida por dois tiros nas costas e um na cabeça, e morreu na hora.
Nas imagens da câmera de segurança do metrô, divulgadas pela polícia, era possível ver que vítima e suspeito tiveram uma breve discussão. “O autor, no depoimento, muito frio, contou que estava trincando os dentes de raiva por causa das brincadeiras da vítima com a pessoa que ele chamava de pai. Esse suposto pai era um homem que trabalhava com o suspeito em um depósito de cana-de-açúcar”, detalha o delegado.
Na hora da prisão, o homem não estava com a arma, que ele teria comprado no bairro de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes. “Segundo ele, a arma do crime foi vendida. Ele é bem frio, tem uma certa experiência em atirar. A discussão começou ali, eles não se conheciam. Ele falou que, quando estava saindo, a vítima disse mais alguma coisa, ele já estava irritado e voltou para atirar. Pelo interrogatório, ele ficou com bastante ódio da vítima”, afirma.
O pai do suspeito foi identificado e chegou a prestar depoimento do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP). “Ele falou que o filho começou a dar muito trabalho, que depois de ser preso continuou metido com os crimes. Ele então foi expulso de casa”, diz o delegado.
O suspeito foi inciado por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e por não dar chance da vítima se defender. Ele foi encaminhado para o Centro de Triagem e Observação Professor Everardo Luna (Cotel), em Abreu e Lima.
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Fonte: G1PE