Mais de uma semana depois do acidente que matou o candidato à Presidência pelo PSB, Eduardo Campos, e outras seis pessoas, ainda não se sabe quem é o responsável pelo avião, uma informação importante para os moradores da área do desastre que tiveram prejuízos por conta da queda da aeronave, como explicou o Jornal Nacional. Pelo Código Brasileiro de Aviação, a responsabilidade pelos danos é de quem tem a posse da aeronave. De acordo com um registro na Agência Nacional de Avião Civil (Anac), a empresa AF Andrade Empreendimentos e Participações Ltda, de Ribeirão Preto (SP), havia comprado o avião por um arrendamento operacional, que é um leasing, uma espécie de financiamento. Após o desastre, a empresa AF Andrade enviou para a Anac um documento, informando que tinha repassado o avião para João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, em maio deste ano, período em que o jato passou a ser usada na campanha de Eduardo Campos. O mesmo documento explica que as empresas BR Par Participações e Bandeirantes Pneus, de Apolo Santana Vieira, se apresentaram para assumir o financiamento junto à Cessna, a fabricante do aeronave. Em nota, a Bandeirantes Pneus disse que teve interesse na compra da aeronave, mas que não realizou a operação. João Carlos Lyra também foi procurado pela reportagem da TV Globo no Recife, mas não se pronunciou sobre o caso. O advogado da AF Andrade disse que vai provar, nos inquéritos, que a aeronave já tinha novos donos. “O que causa estranheza é que ainda não pediram documentos. Eu já disponibilizei esses documentos, já entrei em contato com a Polícia Federal no inquérito que foi instaurado e estou a disposição das autoridades para entregar os documentos”, afirma Celso Vilardi, advogado da empresa. Para a Anac, o avião continuava sendo da AF Andrade, já que o processo de transferência do leasing ainda não havia terminado quando o jato caiu.
Prejuízos:
Até agora, 50 boletins de ocorrência foram registrados na delegacia de Santos por danos materiais. Só o dono da academia que foi atingida pelos destroços calcula o prejuízo em R$ 1,5 milhão. “Dá para recuperar, dá para recuperar. Mas só que o valor disso é muito grande.”, afirma o dono do estabelecimento, Benedito Juarez Camara.
Blog: O Povo com a Notícia