"Ninguém vai querer ser prefeito, diz Cunha"
Em sua fala há pouco na Marcha dos prefeitos em Brasília, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, disse que se o pacto federativo não for levado à frente os municípios vão falir de vez. "Se a gente não faz o pacto ninguém vai querer ser prefeito mais no Brasil, porque ninguém vai querer administrar massas falidas", disse.
Cunha assumiu o compromisso de colocar em votação a PEC do deputado Mendonça Filho, pela qual a União só pode criar despesas para os municípios se ao mesmo tempo apresentar a origem da fonte de financiamento. "Assumo aqui o compromisso de aprovar a proposta de Mendonça", afirmou.
O presidente da Câmara lamentou que a Câmara não tenha aprovado a reforma política, votada ontem. Sem citar diretamente o PT, Cunha atribuiu o fracasso da reforma aos partidos que não querem mudanças no atual sistema eleitoral.
"Muitos diziam que a gente não votaria reforma política. Votamos, embora a maioria tenha optado para nada mudar", disse. Cunha fez ainda promessas aos prefeitos sobre vários assuntos, inclusive a dúvida previdenciária dos municípios.
"Renan diz que ajuste é um embuste"
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse, há pouco, na Marcha dos prefeitos que o Congresso assumiu a bandeira do pacto federativo porque nem os Estados nem muito menos os municípios aguentam mais o perverso centralismo da União.
Da mesma forma que o presidente da Câmara, Renan assumiu o compromisso com os prefeitos de aprovar a PEC Mendonca, que obriga a União a apresentar as receitas para todas as novas responsabilidades da União.
O presidente do Congresso classificou de embuste fiscal o ajuste proposto pelo Governo, porque, no seu entender, prejudica fortemente os trabalhadores. Renan disse que o ajuste que o Governo deveria fazer era reduzir o tamanho dos ministérios e cortar cem mil cargos, que só oneram os cofres da União. (Via: Magno Martins)
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