Uma jovem grávida de Serra Talhada está há quase 72 horas com o bebê morto na barriga. A moradora da Vila Dnocs, Joana D’arck Pereira, de 20 anos, estava com dois meses e meio de gestação quando descobriu que abortou a criança e agora não consegue realizar o procedimento de curetagem do feto. Em conversa com o FAROL, a jovem declarou que ao iniciar o pré-natal em uma clínica particular da cidade, o médico atestou que não tinham batimentos cardíacos e encaminhou-a para o Hospam, onde exames comprovaram o óbito da criança. No entanto, o procedimento de retirada do feto vem sendo adiado e ela cobra responsabilidade dos médicos. Há 72 horas, a jovem vive momentos de agonia.
Joana explicou que desde segunda-feira realiza exames e tenta retirar o bebê morto. “Primeiro fui na segunda-feira no médico particular começar o pré-natal, estou com dois meses e meio de gravidez. Lá no exame, o médico disse que não estava ouvindo o coração do bebê e ele não estava se mexendo, achava que ele estava morto e me mandou ir para o Hospam. Na terça-feira (02) eu fui e fiz outra ultrassom e disseram que também achavam que o bebê está morto, mas que eu fizesse um exame endovaginal. Fiquei no hospital de 8h até 16h. Mandaram eu voltar na quarta (03), eu fui hoje e ainda não fizeram a curetagem do feto”.
Segundo a gestante, os médicos estão sendo irresponsáveis de deixá-la por mais de 72 horas com o feto sem vida na barriga. “Eu estou com muita dor de cabeça, mas não tive sangramento e nem dores na barriga. Mas mesmo assim é uma irresponsabilidade dos médicos me deixar com a criança morta dentro da barriga por todos esses dias, disseram que porque eu não estou sangrando, nem estou com dores só vão fazer hoje (quinta, 4) a curetagem. Meu sentimento é de tristeza, passar um dia todinho no hospital e não resolver nada”, desabafou a jovem. (Via: Farol de Notícias/Foto Alejandro García)
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