Está aberta a janela de 30 dias
que permite aos políticos com mandato a troca de partido sem o risco de
cassação por infidelidade partidária. É uma emenda constitucional ruim, que
fragmenta ainda mais o sistema partidário.
O ano
passado terminou com 35 partidos registrados no país. Ter um partido virou
negócio, porque isso dá direito a uma parcela do fundo partidário e a tempo de
propaganda no rádio e na TV para negociar alianças nas eleições.
O Congresso
está se transformando em um lugar cheio de partidos médios, que foram
bancadas de 15, 20, 25 ou 30 parlamentares e se sentem fortes para chantagear o
governo, pedindo ministérios, cargos e verbas federais.
O site da
Câmara registra que o PMB, Partido da Mulher Brasileira, tem hoje uma bancada
de 19 membros em exercício. São 17 deputados e apenas duas deputadas. É
claro que não é um partido que vá tratar das bandeiras femininas na política. É
mais uma legenda que foi criada porque é muito fácil fazer isso no Brasil. Basta
um olhar nos nomes da bancada para ver que não há a menor conexão ideológica
entre eles. É só um ajuntamento temporário de interesses.
Não é
problema existir uma lei que permita a criação de quantos partidos um país
desejar. Mas é preciso estabelecer requisitos mais duros para todos os que
tenham acesso ao dinheiro público, tempo de propaganda e benefícios no
Congresso. É preciso estabelecer critérios de desempenho para isso. Do
contrário, a política seguirá piorando. (Via: Blog do Kennedy)
Blog: O Povo com a Notícia