Desde
que seu governo foi atingido na testa pela delação do empresário Joesley
Batista, o “bandido notório”, o presidente Michel Temer nunca viveu uma semana
tão desastrada.
A Polícia Federal, encerrando uma etapa das investigações da
delação, concluiu que existem evidências “com vigor” mostrando que Temer
praticou ato de corrupção. Além desse petardo, o operador Lúcio Funaro,
conhecido como doleiro do PMDB, começou a abrir o bico, como adiantou VEJA na
semana passada. Entre outras acusações, disse que o partido mantinha uma
quadrilha para abocanhar verbas da Caixa Econômica Federal — e Temer era quem
fazia a distribuição dos recursos surrupiados. Com tudo isso, o presidente
Temer, mesmo no exterior, encerrou a semana menor do que começou.
Com denúncias
e acusações surgindo em ritmo quase diário, Temer é hoje um presidente
moralmente acossado, politicamente fragilizado e administrativamente atordoado,
pois seu governo despende mais energia com a polícia do que com a política.
Está se apequenando institucionalmente, obrigado a se explicar a todo instante,
instado a bater boca com quem chama de “bandido notório” e testemunhando a
agonia de amigos. E sua situação tende a piorar ainda mais.
Blog: O Povo com a Notícia