As forças armadas do Iraque capturaram
nesta quinta-feira (29) a mesquita de Mosul, local onde o Estado Islâmico (EI)
proclamou sua versão de “califado” há três anos.
Autoridades iraquianas esperam que a longa batalha por Mosul termine
nos próximos dias, visto que o restante dos combatentes do EI recuaram para
apenas algumas áreas da Cidade Velha. Retomar a Grande
Mesquita de Al-Nuri representa uma vitória
simbólica para as forças iraquianas, que vêm lutando há mais de oito meses para
conquistar Mosul, cidade do norte do país que tem servido como capital do EI no
Iraque.
A coalizão internacional liderada pelos Estados
Unidos realiza ataques aéreos diários contra os
extremistas islâmicos desde o verão de 2014.
Os insurgentes explodiram a
mesquita medieval e seu característico minarete inclinado na semana passada,
enquanto forças iraquianas apoiadas pelos Estados Unidos iniciavam o avanço em
sua direção. A bandeira preta dos extremistas estava hasteada no minarete
Al-Hadba, desde junho de 2014.
A queda de Mosul marcaria efetivamente o fim da metade
iraquiana do califado do grupo terrorista, embora ainda controle territórios ao
sul e ao oeste da cidade. Sua capital na Síria, Raqqa, também está cercada pela
coalizão liderada por curdos e apoiada pelos EUA.
O grupo perdeu em três anos 60% do território que havia
conquistado e 80% de sua receita, de acordo com um estudo da IHS Markit, uma
consultoria de inteligência da Inglaterra. O território do “califado”
autoproclamado passou de 90.000 km², em 2015, para 36.200 km² em junho de 2017.
O custo da batalha, entretanto, tem sido enorme. Em adição às
mortes militares, estima-se que milhares de civis foram mortos no conflito. Aproximadamente 900 mil pessoas, cerca de metade da população
pré-guerra da cidade, fugiu da batalha, buscando abrigo em campos de refugiados
ou com parentes e amigos. Civis que ficaram presos na cidade sofrem com a fome e
privações e correm risco de morte ou de lesões, e muitos prédios foram
destruídos. (Via: Agências)
Blog: O Povo com a Notícia