O ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta segunda-feira (19), que "é
preciso dizer de maneira clara que a ideia de combate à corrupção não é
meta". O magistrado participa de evento comandado pelo Lide Pernambuco, na
Zona Sul do Recife.
Mendes criticou as investigações e as ações controladas e afirmou que "não se investiga crime fazendo crime". Ainda segundo o ministro, o Estado de Direito não comporta soberano.
O ministro também
disse que as investigações são para constranger e causar medo na
população. “Expandiu-se demais a investigação, além dos limites. Abriu-se
inquérito para investigar o que já estava explicado de plano. Qual é o
objetivo? É colocar medo nas pessoas. É desacreditá-las. Aí as investigações
devem ser questionadas”, disse na palestra.
Reflexão: Gilmar Mendes sugeriu reflexão do momento atual. "É preciso que se respeite o Congresso Nacional, a política e vamos, sim, abominar as más práticas", declarou.
No entanto, o ministro ponderou que não se faz política sem os políticos e criticou o que chamou de ditadura dos promotores e dos juízes.
"Vamos melhorar a representação, melhorar o sistema. Não à república dos juízes e promotores", disse.
Ainda durante sua fala, o ministro Gilmar Mendes criticou a interceptação no Judiciário. Afirmou que, por esse motivo, defende a Lei de Abuso de Autoridade, afirmou que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) tem se omitido neste ponto.
Para ele, o Supremo não pode ser "carimbador" do Ministério Público, porque, se for desta forma, "é melhor fechar e criar um Procuratura aos moldes soviéticos". Ainda defendeu reformas estruturantes que inibam a corrupção. (Via: Conteúdo Folha PE)
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