"Estou chocada, é muito
fácil dizer que não é tortura para filho de pobre. Se fosse filho de rico seria
tortura". Foi dessa forma que Vania Rocha, mãe do adolescente que teve a
testa tatuada em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, interpretou a denúncia
da promotora de Justiça Giovana Ortolano Guerreiro Garcia sobre o caso. Segundo
entendimento da representante do MP, nesta última sexta-feira (23), não houve tortura
no caso.
O crime ocorreu em 9 de junho, na pensão onde o tatuador Maycon Wesley
Carvalho dos Reis e o pedreiro Ronildo Moreira de Araújo estavam hospedados. Os
dois foram presos em flagrante e levados ao Centro de Detenção Provisória (CDP)
da cidade.
"Como não é tortura? Estou de boca aberta. Aquilo foi tortura, eles
amarraram o meu filho, bateram no meu filho. Se os dois saírem na cadeia em
pouco tempo nós vamos atrás de Justiça. Não vamos fazer Justiça com as próprias
mãos, não é isso que queremos, mas vamos querer que a Justiça trabalhe
direito", disse a mãe do adolescente ao G1.
"Meu filho não estava certo, mas os dois agiram de maneira mais
errada ainda. Infelizmente eu tenho dó da família deles, eu não tenho coração
ruim como muita gente acha. Eu penso na família deles também, sei que eles
estão sofrendo, mas meu filho vai carregar uma marca na testa para
sempre", afirmou Vania.
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