A Defesa Civil de Minas Gerais
atualizou para 224 o número de mortes confirmadas após o rompimento de uma
barragem de rejeitos da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana
de Belo Horizonte. Um total de 69 pessoas seguem desaparecidas.
A barragem da Mina do Córrego do Feijão rompeu-se em 25 de janeiro deste
ano. A tragédia de Brumadinho ocasionou, além da morte de funcionários da
mineradora e moradores da cidade, a contaminação do Rio Paraopeba, que passou a
apresentar nível de cobre 600 vezes maior do que o normal, conforme apurou a
Fundação SOS Mata Atlântica. O rio era responsável por 43% do abastecimento
público da região metropolitana de Belo Horizonte.
Após o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão, a mineradora
atualizou a situação de outras barragens. Desde então, o receio de novas
tragédias fez com que mineradoras passassem a reavaliar suas estruturas em todo
o país e a aumentar o fator de segurança de algumas delas, de um para dois. No
início de abril, a Vale afirmou que 17 de suas barragens não tinham declaração
de estabilidade válida.
Além de Brumadinho, já foram evacuadas pela Vale comunidades nas cidades
mineiras de Rio Preto, Barão de Cocais, Nova Lima e Ouro Preto. Moradores
também já foram retirados de suas casas nos municípios mineiros de Itatiaiuçu,
devido aos riscos envolvendo uma estrutura da Arcellor Mittal, e de Rio Acima,
após problema constatado pela empresa Minérios Nacional.
Processos
- Em decorrência do episódio, a Vale responde a processo
na Justiça para reparação dos danos às vítimas e ao meio ambiente. A empresa já
teve mais de R$ 13 bilhões bloqueados por decisão judicial.
Em março, representantes do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG)
denunciaram em audiência na Assembleia Legislativa de Minas Gerais que a
mineradora estava atrasando pagamentos emergenciais às famílias afetadas.
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