Nós chamamos de bigode, mas o nome do órgão sensorial próprio de certos animais, principalmente mamíferos, chama-se vibrissa. Em gatos e cachorros, as vibrissas que dão a aparência de ter bigodes são as mais comuns, mas, elas podem estar localizadas em diversos pontos, a nível labial, mandibular, supraciliar, zigomático e no "queixo". Nos humanos, as vibrissas correspondem aos pelinhos do nariz.
De acordo com o médico veterinário, Fernando Oliveira, os bigodes servem como "meio de contato para os animais", através deles, cachorros e gatos percebem o mundo ao seu redor. "Para os felinos eles são muito importantes, sim. Servem como localizador, contato com estruras que estão ao redor dele. É como se fosse o quinto olho", explica.
Segundo o especialista, no gato, o corte dos bigodes pode prejudicar sua noção de espaço. Um felino com o bigode cortado vai se sentir "perdido e desorientado". Ele pode se machucar, por exemplo, ao calcular mal um salto ou ficar preso em algum lugar por perder a noção do próprio tamanho. O psicológico do gato também pode ser atingido, afinal, esse tipo de situação tende a causar sentimentos como frustração e irritabilidade.
Ainda de acordo com veterinário, as vibrissas ajudam os cães a medir as distâncias no escuro, uma vez que as correntes de ar percebidas pelas vibrissas permitem uma ideia sobre o tamanho dos espaços e a localização dos objetos. As localizadas acima dos olhos protegem a visão dele de possíveis objetos ou lixo, uma vez que entram em contato com elas primeiro e fazem o cachorro piscar.
Os tutores devem evitar interagir demais com os bigodes desses animais, pois os pelos são sensíveis e qualquer contato pode ser sentido. Você pode comprovar que quando toca nessa parte do peludo, ele desvia do seu toque ou afasta o rosto para longe de sua mão. Não é doloroso, mas esses toques podem ser irritantes por causa da reação do nervo sensorial ao movimento.
Por causa da tamanha importância para esses nossos amigos de quatro patas, nunca se deve cortar ou aparar os bigodes. Confira mais sobre as funções desses sensores.
Serve como antena. Os fios formam um órgão tátil que vibra sob qualquer alteração do ar no ambiente. Cada filamento que sai do focinho tem raízes profundas em uma área cheia de células sensoriais. Isso possibilita a percepção de informações como força e orientação do vento, e o gato não fica refém de outros sentidos, como a visão e a audição, para caçar ou enfrentar possíveis ameaças.