Vítima de agressões por parte da Polícia Militar na cidade de Triunfo, no Sertão do Pajeú, passou 12 horas detida. A reportagem do Farol de Notícias conversou com a vítima, a jovem triunfense, que pediu que sua identidade fosse preservada. Segundo ela, as agressões ocorreram por volta de 1h da manhã, foi para a delegacia e ficou até às 14h horas do sábado (04.11).
De acordo com ela, um policial a abordou de forma truculenta enquanto saía de um bar. A jovem ainda revelou que só se deu conta do que tinha acontecido e das agressões que tinha sofrido ao ver as imagens que testemunhas gravaram das agressões.
“Me senti exposta, ridicularizada diante de meus amigos, minha família. Me sinto desprotegida como mulher. Eu não tenho nem palavras para dizer o que sinto quando me olho no espelho e vejo as marcas de agressão em mim. Fui espancada diante de todos. Tenho vergonha de sair, tenho vergonha da minha filha de apenas 6 anos olhar para mim”, desabafou a vítima, continuando:
“Eu choro escondido. O que eu vou dizer para minha filha? Que a mãe dela foi espancada e humilhada por policiais. Estou com medo de levar minha filha para escola. No momento só sinto medo. Meu corpo, minha família fomos todos agredidos juntos. Fica o sentimento de medo e raiva”.
O Farol também conversou com a advogada da vítima, Dra. Gecicarmem Araújo que confirmou que a jovem mesmo diante das agressões registradas no vídeo terminou como ré do processo, e o Ministério Público será acionado e solicitado a retificação do caso. A defesa alega constrangimento, agressão e abuso de autoridade.
‘Estamos trabalhando cautelosamente para proteger a vítima diante da vulnerabilidade em qual a mesma se encontra. Quanto a responsabilização dos policiais iremos requerer vistas do Ministério Público para a adequação do caso, tendo em vista, que a vítima figura como ré no processo. Também iremos requerer a responsabilização dos agressores aos crimes do artigo 129, 146 crimes de constrangimento e agressão, ambos previstos pelo Código Penal, além de aplicação do crime de abuso de autoridade”, reforçou a advogada. (Matéria relacionada, clique aqui).
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