O ex-senador Telmário Mota, preso por suspeita de mandar matar a mãe da própria filha, foi transferido para Roraima na madrugada desta quinta-feira (7) e seguiu para a Cadeia Pública de Boa Vista.
O homem é suspeito de mandar matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe da filha do ex-senador. Telmário estava preso em Goiás desde o dia 30 de outubro, mas se diz inocente. Além de preso pelo assassinato, ele também é acusado de estuprar a própria filha.
Segundo a Secretaria de Justiça de Roraima (Sejuc), a transferência se deu por se tratar de prisão temporária, pelo prazo de 30 dias, podendo ser prorrogada.
Disse ainda que o recambiamento de Goiás foi realizado pela Polícia Penal de Roraima, por meio da Divisão de Segurança e Captura.
O crime
Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro deste ano, quando saía de casa para trabalhar, no bairro Senador Hélio Campos, zona Oeste de Boa Vista, capital de Roraima.
A vítima era uma das principais testemunhas sobre as investigações que miravam o ex-senador por uma acusação de estupro. A denúncia foi feita em 2022, pela filha dele. A mãe da menina foi morta três dias antes de uma audiência sobre o caso.
Em 8 de novembro, o sobrinho dele Harrison Nei Correa Mota, conhecido como 'Ney Mentira', de 49 anos, se entregou à Polícia Civil. Ele, de acordo com a Polícia Civil, foi o responsável pela execução do crime.
Em interrogatório, que durou cerca de 3h, ele negou ter participado do crime. Em seguida, o suspeito foi conduzido para o Instituto de Medicina Legal (IML), onde passou por exame de integridade física.
Ney Mentira era considerado foragido desde o dia 30 de outubro, quando foi deflagrada a operação 'Caçada Real'.
Segundo investigação da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), Ney Mentira recebeu ordens do tio para cuidar de tudo que levaria ao assassinato de Antônia.
Estão sendo investigados, até o momento, o ex-senador Telmário Mota, suspeito de ser o mandante; Harrison Nei, o 'Ney Mentira', suspeito de receber a ordem de Telmário para cuidar do esquema que levaria à morte de Antônia; a assessora de Telmário, Cleidiane Gomes da Costa, investigada por monitorar a rotina da vítima e dar apoio no crime; além de Leandro Luz da Conceição, suspeito de dar o tiro que matou Antônia.
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