Prestes a completar cinco anos da descoberta do furto de mais de 1,1 mil armas de fogo da antiga sede do Comando de Operações e Recursos Especiais (Core), na área central do Recife, policiais civis fizeram um alerta ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE) sobre a falta de segurança na custódia desses materiais no atual espaço onde são armazenados, em Olinda. O caso está sendo apurado, mas oficialmente a Polícia Civil nega qualquer descaso.
Os relatos foram repassados por policiais civis a uma equipe do MPPE durante vistoria realizada no Complexo de Operações da Polícia Civil, no bairro de Ouro Preto, na semana passada. Eles contaram que há um excesso de armas de fogo e munições apreendidas e que elas ficam guardadas em contêineres com apenas cadeados, sem vigilância 24 horas, numa área de mata.
Diante da gravidade do caso, o Centro de Apoio Operacional (CAO) de Defesa Social e Controle Externo da Atividade Policial do MPPE decidiu instaurar um procedimento para apurar as falhas na custódia das armas. Em nota, também disse que, semestralmente, "o Core está no rol das unidades com previsão de inspeções".
Questionada pela coluna, a assessoria da Polícia Civil de Pernambuco informou que o Core "adota rígidos protocolos de segurança e controle em sua armaria, seguindo padrões técnicos e estratégicos compatíveis com as atribuições da unidade".
"É importante ressaltar que informações referentes a armas de fogo são classificadas como sensíveis e sigilosas, conforme definição da Agência Central de Inteligência do Estado, com base na Lei Federal de Acesso à Informação", disse o texto.
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