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quinta-feira, 23 de outubro de 2025

Nordeste: Ex-prefeito de Poções é preso durante operação da PF

Ex-prefeito de Poções, Otto Wagner de Magalhães, marido da atual prefeita do município, Dona Nilda (PCdoB), foi preso nesta quinta-feira (23) durante o cumprimento de mandados pela Polícia Federal no âmbito da Operação Intercessor. 

A ação tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e lavagem de recursos públicos federais repassados à administração municipal de Poções, no interior da Bahia, entre os anos de 2021 e 2023. Durante as diligências, foi encontrada uma arma em posse do ex-prefeito de forma ilegal. Ele foi preso em flagrante.

Em agosto deste ano, Otto Wagner, também conhecido como Dr. Otto, foi condenado por ato de improbidade administrativa após pedido do Ministério Público da Bahia (MP-BA). A sentença impôs ao ex-gestor o ressarcimento integral de R$ 2.886.565,00 aos cofres municipais, o pagamento de multa civil no mesmo valor, a perda de eventual função pública após o trânsito em julgado, além da suspensão dos direitos políticos e da proibição de contratar com o Poder Público ou receber benefícios fiscais e creditícios pelo prazo de oito anos.

Dinheiro
Dinheiro é apreendido pela PF durante operação na Bahia (Reprodução/BNews)

Segundo a denúncia da época, o ex-gestor autorizou de forma reiterada o pagamento de despesas sem respaldo legal, causando prejuízo milionário ao Município. Foram identificados ao menos 196 repasses irregulares, sob a rubrica de “adicional informado”, a servidores municipais, sem qualquer autorização da Câmara de Vereadores e em desacordo com a legislação.

Na operação da PF, foram expedidos 25 mandados de busca e apreensão nos municípios baianos de Poções, Encruzilhada, Barreiras e Vitória da Conquista. Entre os alvos estão o prefeito de Encruzilhada, Dr. Pedrinho (PCdoB) e a própria prefeita de Poções, Dona Nilda (PCdoB). Os mandados foram cumpridos em empresas, residências de empresários e imóveis ligados a agentes públicos, com o objetivo de reunir provas sobre o possível favorecimento indevido em contratos públicos.

De acordo com apuração do BNews, as investigações apontam irregularidades graves em contratos de terceirização de mão de obra financiados com recursos do FUNDEB, SUS e FNAS, incluindo ausência de estudos técnicos, pesquisa de preços inadequada, majoração indevida de valores contratuais e prestação fictícia de serviços. O prejuízo estimado ao erário ultrapassa R$ 12 milhões.

Fontes da PF apontam que a investigação revelou a existência de uma estrutura criminosa organizada, com atuação em diversos municípios baianos, que utilizava empresas de fachada, familiares como intermediários financeiros, movimentações bancárias atípicas e ocultação patrimonial para viabilizar os desvios e a lavagem de dinheiro.

Os crimes apurados incluem organização criminosa, peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e crimes contra a legislação trabalhista.

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