O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse ontem que está tomando 'todas as medidas judiciais cabíveis' contra o deputado José Augusto Maia (Pros-PE). Em nota, Câmara classificou a denúncia de Maia como 'uma tentativa caluniosa de me descredibilizar'. José Augusto maia denunciou ter recebido oferta de dinheiro para que seu partido integrasse a coligação da Frente Popular, que tem Paulo Câmara como escolhido pelo presidenciável Eduardo Campos para sucedê-lo no comando do Estado.
'Anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional -- não necessariamente à repercussão, mas à intenção', diz Paulo Câmara
O candidato do PSB ressaltou ainda que o deputado do Pros 'responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha e foi condenado pela Justiça pernambucana por improbidade, tendo seus direitos políticos suspensos por três anos'. José Augusto Maia (Pros-PE) contesta Câmara e diz que não há nenhuma condenação definitiva contra ele.
Leia abaixo, na íntegra, a nota de Paulo Câmara:
''A matéria publicada hoje (23/07), pelo jornal Folha de São Paulo, ao citar o meu nome, sugere, irresponsavelmente, a associação da minha imagem a uma suposta ação criminosa. Em função da matéria publicada por esse jornal, baseada em denúncia formulada por um parlamentar pernambucano, sinto-me obrigado a me posicionar em defesa da minha honra e credibilidade, o maior patrimônio que construí ao longo da minha vida.
É importante destacar, que o deputado José Augusto Maia, que serviu como fonte da reportagem, responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha, e foi condenado, pela justiça pernambucana, em abril deste ano, por improbidade administrativa, tendo os seus direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos, além da condenação e dos processos em andamento no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco. Importante também ressaltar a relação histórica de amizade e apoio de José Augusto Maia ao nosso adversário direto, o ex-empresário Armando Monteiro Neto, que desde as primeiras horas do dia da publicação da matéria tenta tirar proveito eleitoral do assunto.
O que me parece mais grave é a tentativa caluniosa de me descredibilizar. Sou servidor público há 22 anos, com uma trajetória séria e reconhecida. Nunca, em nenhum momento, fui vítima de qualquer ação que questionasse os princípios que levo, de casa, à vida pública: honestidade, correção, respeito, senso de justiça. Daí a minha mais profunda indignação diante deste episódio. Será que, pela condição de candidato ao governo, devo ser exposto publicamente por conta da má fé de elementos como o referido senhor? Atitudes assim envergonham a atividade política e, pior, buscam arrastar para os espaços nebulosos, onde atua um 'ficha-suja', pessoas que estão na vida pública apenas com o intuito de exercer sua vocação e atender a uma convocação.
Figuras como José Augusto Maia devem ser banidas da política, como já foi determinado pela justiça. Portanto, em meu nome, da minha família e de todos aqueles a quem represento, nesta caminhada, como cidadão e homem público, anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional - não necessariamente à repercussão, mas à intenção.
Tenho uma missão a cumprir e assim será. Estou convencido de que o ocorrido servirá apenas para nos fortalecer nesta luta, contra adversários desleais. Manteremos o rumo e, apesar da indignação, não perderemos a serenidade. Pernambuco conta comigo. E estou cada vez mais firme na decisão, coletiva, de vencer com trabalho e respeito.'' (Magno Martins)
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