A Campanha Nacional de
Multivacinação, iniciada em 19 de setembro em 36 mil postos e salas de
vacinação, termina nesta sexta-feira (30).
A iniciativa tem como público-alvo crianças de até cinco
anos de idade ou entre 9 e 15 anos. Pessoas destas faixas etárias devem
comparecer aos postos para verificar se há doses em atraso ou vacinas que
precisam ser iniciadas.
Balanço: De acordo com o balanço parcial da campanha, já foram
aplicadas cerca de 2,9 milhões de doses em crianças de até cinco anos. Os dados
referentes aos adolescentes e crianças acima de nove anos ainda não estão
concluídos.
Somente no último sábado (24), durante o Dia “D” de
mobilização, mais de 656 mil vacinas foram administradas. O Dia “D” é realizado
todos os anos, sempre aos sábados, e tem como objetivo dar mais uma
oportunidade aos pais e responsáveis de garantirem a proteção de crianças e
adolescentes.
Neste ano, a mobilização envolveu mais de 350 mil
profissionais de saúde em todo o País, além de 42 mil veículos, para assegurar
a vacinação em locais de difícil acesso. Estão disponíveis vacinas para
tuberculose, rotavírus, sarampo, rubéola, coqueluche, caxumba, HPV, entre
outras. Essas vacinas continuam disponíveis durante todo o ano, pois fazem
parte do Calendário Nacional de Vacinação.
Para a realização da campanha, o Ministério da Saúde enviou às unidades
da Federação 19,2 milhões de unidades extras de 14 vacinas. Ao todo, foram
distribuídas 26,8 milhões de doses, que servem tanto para a vacinação de
rotina do mês de setembro (7,6 milhões) quanto para a campanha (19,2 milhões).
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Mudanças
no calendário: Em janeiro de 2016, o ministério promoveu alteração no
esquema vacinal de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C
(conjugada) e pneumocócica 10 valente. O Calendário Nacional de Vacinação tem
alterações rotineiras e periódicas em função de alterações na situação epidemiológica,
nas indicações das vacinas ou na incorporação de novas vacinas. Confira as
mudanças realizadas este ano:
Poliomielite
O esquema vacinal contra a poliomielite passou a ser de três
doses da vacina injetável – VIP (dois, quatro e seis meses) e mais duas doses
de reforço com a vacina oral – VOP (gotinha). Até 2015, o esquema era de duas
injetáveis (VIP) e três orais (VOP), e mudou segundo orientação da Organização
Mundial de Saúde (OMS). A substituição não prejudica a proteção das crianças, que
já ficam imunizadas com as três doses injetáveis.
HPV
O esquema vacinal passou de três para duas doses, com
intervalo de seis meses entre elas. Os estudos recentes mostram que o esquema
com duas doses apresenta uma resposta de anticorpos em meninas saudáveis de
nove a 14 anos não inferior quando comparada com a resposta imune de mulheres
de 15 a 25 anos que receberam três doses. As mulheres vivendo com HIV entre
nove a 26 anos devem continuar recebendo o esquema de três doses.
Meningocócica
O reforço, que anteriormente era administrado aos 15 meses,
passou a ser administrado aos 12 meses, preferencialmente, podendo ser feito
até os quatro anos. As primeiras doses da meningocócica continuam sendo
realizadas aos três e cinco meses.
Pneumocócica
Houve redução de uma dose na vacina pneumocócica 10 valente.
Passou a ser administrada em duas doses, aos dois e quatro meses de vida, com
um reforço preferencialmente aos 12 meses, que pode ser recebido até os quatro
anos. Essa recomendação também foi tomada em virtude dos estudos mostrarem que
o esquema de duas doses mais um reforço tem a mesma efetividade do esquema três
doses mais um reforço.
PNI
O Programa Nacional de Imunizações (PNI) distribui cerca de
300 milhões de imunobiológicos anualmente, dentre vacinas e soros, além de
oferecer à população todas as vacinas recomendadas pela Organização Mundial da
Saúde (OMS) no Calendário Nacional de Vacinação. Nos últimos cinco anos, o
orçamento do PNI cresceu mais de 140%, passando de R$ 1,2 bilhão, em 2010, para
R$ 2,9 bilhões, em 2015.
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