O ex-ministro Antonio Palocci foi
preso na manhã desta segunda-feira (26) durante a 35ª fase da Operação Lava
Jato deflagrada pela Polícia Federal. Foram expedidos 45 mandados judiciais,
sendo 27 de busca e apreensão, três de prisão temporária e 15 de condução
coercitiva.
Esta etapa foi
denominada "Operação Omertà" e conta com apoio da Receita Federael.
Os mandados judiciais estão sendo cumpridos nos
estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul e Distrito Federal.
De acordo com as
primeiras informações divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo, a PF
investiga indícios de uma relação criminosa entre o ex-ministro da Casa Civil e
da Fazenda com o comando da principal empreiteira do país, a baiana Odebrecht.
O ex-ministro teria atuado diretamente como intermediário do grupo político do
qual faz parte perante o Grupo Odebrecht. A intervenção de Palocci teria
propiciado vantagens
econômicas ao grupo empresarial nas mais diversas áreas de contratação com o
poder público, tendo sido ele próprio e personagens de seu grupo político
beneficiados com vultosos valores ilícitos.
Outro núcleo da
investigação apura pagamentos efetuados pelo chamado “setor de operações
estruturadas” do Grupo Odebrecht para diversos beneficiários que estão sendo
alvo de medidas de busca e condução coercitiva. São apuradas as práticas, dentre outros crimes,
de corrupção, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
O nome “Omertà” dado à
investigação policial é uma referência a origem italiana do codinome que a
construtora usava para fazer referência a Palocci (“italiano”), bem como ao
voto de silêncio que imperava no Grupo Odebrecht que, ao ser quebrado por
integrantes do “setor de operações estruturadas” permitiu o aprofundamento das
investigações. Além disso, remete a postura atual do comando da empresa que se
mostra relutante em assumir e descrever os crimes praticados. (Via: Agência Brasil)
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