A Petrobras
anunciou nesta sexta-feira (24) redução do preço do diesel em 4,8%, e da
gasolina em 5,4%, em média, nas refinarias. Os novos valores começam a ser
aplicados a partir deste sábado (25). De acordo com a empresa, a decisão é
explicada principalmente pelo efeito da valorização do real desde a última
revisão de preços, pela redução no valor dos fretes marítimos e ajustes na
competitividade da Petrobras no mercado interno.
"A Petrobras reafirma sua
política de revisão de preços pelos menos uma vez a cada 30 dias, o que lhe dá
a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade. Os
novos preços continuam com uma margem positiva em relação à paridade
internacional, conforme princípio da política anunciada, e estão alinhados com
os objetivos do plano de negócios 2017/2021", informou.
Segundo a empresa, como a lei brasileira garante liberdade de
preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas
refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor.
"Isso dependerá de repasses feitos por outros integrantes
da cadeia de combustíveis, especialmente distribuidoras e postos revendedores.
Se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas
demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode cair 3%
ou cerca de R$ 0,09 por litro, em média, e a gasolina 2,3% ou R$ 0,09 por
litro, em média", informou.
Os postos de gasolina repassam ao consumidor os custos de toda a
cadeia do combustível. Além da gasolina pura comprada de refinarias, as
distribuidoras também compram de usinas produtoras o etanol, que é misturado à
gasolina que será vendida ao consumidor, em proporção determinada por
legislação. As distribuidoras, então, vendem a gasolina aos postos, que
estabelecem o preço por litro que será cobrado do consumidor.
Última revisão: Na última revisão de preços feita pela empresa, no dia 27 de
janeiro, os preços da gasolina e do diesel cobrados pela Petrobras nas
refinarias foram reduzidos em 1,4% e 5,1% respectivamente.
Nova política de preços da
Petrobras: Desde outubro, a Petrobras
pratica uma nova política de definição de preços dos combustíveis, com reuniões
mensais para definir os valores da gasolina e do diesel cobrados nas
refinarias. Na reunião anterior, realizada no dia 5 de janeiro, a Petrobras
tinha aumentado o preço do diesel e mantido o da gasolina. Na prática, o preço
da gasolina e do diesel passou a flutuar como uma commodity no mercado
nacional, alternando quedas e baixas, refletindo tanto os preços internacionais
como também o câmbio e concorrência do mercado de distribuidores.
Na primeira reunião, em outubro
do ano passado, a estatal reduziu em 3,2% o preço da gasolina e em 2,7% do
diesel nas refinarias. No mês seguinte, fez uma nova redução na gasolina e
diesel, respectivamente, de 3,1% e 10,4%.
Em dezembro, a empresa reverteu a tendência de queda e elevou os
preços do litro da gasolina (8,1%) e diesel (9,5%). Na primeira reunião de
2017, no dia 5 de janeiro, a estatal manteve o preço da gasolina e elevou em
6,1% os valores cobrados pelo litro do diesel nas refinarias.
Preço médio fica igual: O último levantamento anunciado pela Agência Nacional do
Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostrou que o preço médio da
gasolina nos postos ficou praticamente estável na semana encerrada no dia 17 de
fevereiro. Com isso, a redução de preços nas refinarias, anunciada no final de
janeiro pela Petrobras, continua sem ser sentida pelos consumidores.
Segundo a pesquisa, o valor médio do litro da gasolina no país
passou de R$ 3,754 na semana encerrada no dia 11 de fevereiro para R$ 3,758 no
período entre os dias 12 e 17 de fevereiro. Na semana em que a Petrobras
anunciou o reajuste, o preço médio estava em R$ 3,765. Em 3 semanas, o recuo
foi de 0,19% ou de menos de 1 centavo por litro.
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