O PT de Pernambuco marcha para o
apoio à reeleição do governador Paulo Câmara, do PSB. A defesa da aliança,
feita por uma ala do partido junto à Executiva Nacional, se configura como o
ponto de partida para o PT sair do isolamento no estado, e, com isso, eleger
uma bancada federal, além de fortalecer a estadual – o partido de Lula não fez
sequer um deputado federal em 2014.
A ala petista, que tem à frente Oscar Barreto, militante histórico e
vice-presidente estadual, acredita que insistir na candidatura de Marília
Arraes ao Palácio do Campo das Princesas é um equívoco que impede o crescimento
da legenda em Pernambuco. Marília não ampliou o espectro de forças do PT, não
conquistou nenhum apoio fora da sigla, e segue numa pré-campanha baseada no
discurso do golpe. Enquanto a ala pró-Paulo argumenta que, em tempos de crise,
e com Lula preso, a melhor saída é o PT retomar uma aliança com um aliado
histórico, que ajudou na consolidação da sigla.
Em um documento assinado pelos petistas favoráveis à união com o PSB, a
ala que defende a aliança apresenta suas razões. “Hoje, no Governo do Estado,
estão o PSB, o PDT e o PCdoB, e concretamente abre oportunidade de o PT vir a
se incorporar a essa frente, de retornar ao protagonismo e à possibilidade de
apresentarmos nossas propostas de melhorias das condições de vida do nosso povo”,
diz o grupo.
O posicionamento dessa ala representa um sentimento crescente no PT de
Pernambuco, que aponta para a formação de uma grande frente partidária de
esquerda, liderada pelo governador Paulo Câmara; frente a uma oposição cada vez
mais intitulada como o palanque de Temer, onde se reunirão, além do senador
Fernando Bezerra Coelho (MDB), vice-líder do governo no Senado, os ex-ministros
do presidente Temer, Mendonça Filho (DEM), Bruno Araújo (PSDB) e Fernando Filho
(DEM), bem como o senador Armando Monteiro Neto (PTB). (Via: Coluna do Edmar Lyra)
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