A poucas horas do prazo final, o
presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu prorrogar, na noite
desta segunda (30), a suspensão do aumento das tarifas de importação sobre o
aço e o alumínio, que afetariam significativamente a indústria siderúrgica
brasileira.
As sobretaxas começariam a valer nesta terça (1º), mas o americano decidiu prolongar a isenção por mais um mês ao Brasil, à Argentina, à União Europeia e à Austrália, além de México e Canadá. A suspensão, assim, valerá até o dia 1º de junho.
As sobretaxas começariam a valer nesta terça (1º), mas o americano decidiu prolongar a isenção por mais um mês ao Brasil, à Argentina, à União Europeia e à Austrália, além de México e Canadá. A suspensão, assim, valerá até o dia 1º de junho.
No decreto, Trump anunciou que fechou com o Brasil um acordo que envolve cotas de importação, segundo a Casa Branca. Os termos, porém, não foram finalizados.
Procurado, o governo brasileiro não se pronunciou sobre o anúncio.
O mesmo vale para Argentina e Austrália. Segundo o ato oficial, foram
acertadas “medidas alternativas” que compensam o desequilíbrio comercial. Os
EUA são o maior comprador do aço brasileiro — e uma sobretaxa de 25%, como
anunciara o americano, poderia comprometer as exportações do Brasil.
Depois de anunciar as tarifas em março, sob o argumento de proteger a segurança
nacional e a indústria siderúrgica dos EUA, Trump decidiu suspender
temporariamente a sobretaxa, abrindo negociações bilaterais com os principais
exportadores dos produtos.
O Brasil enviou comitivas a Washington e contratou um dos principais
escritórios de advocacia e lobby da cidade para ajudar nas tratativas.
Além dos quatro países que obtiveram a prorrogação, a Coreia do Sul conseguiu
uma isenção definitiva das sobretaxas por meio da negociação de um novo acordo
de comércio com os EUA, segundo o Wall Street Journal. México e Canadá, por
outro lado, devem continuar poupados enquanto durarem as negociações do Nafta,
o acordo de livre-comércio da América do Norte.
Apesar da notícia, o tensionamento das negociações, que permanecem indefinidas,
demonstrou a líderes estrangeiros que décadas de relações calorosas com os EUA
pouco importam para um presidente que não dá importância às normas diplomáticas
e é hostil às regras básicas do comércio internacional.
Blog: O Povo com a Notícia