A criação do Departamento de
Repressão ao Crime Organizado (DRACO) apresentada pelo poder executivo estadual
gerou uma série de críticas nas redes sociais dando a interpretação de que o
governo estaria extinguindo a Decasp no sentido de atrapalhar as investigações
realizadas pela delegada Patrícia Domingos.
Porém, a medida implementada pelo governo estadual está sintonizada com
outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e
Distrito Federal que fizeram recentemente a modificação e ampliaram os recursos
e as condições de trabalho de seus departamentos para reprimir o crime
organizado, sobretudo os concernentes à corrupção.
A mudança que era para ser percebida pela população como uma coisa
positiva, quando o governo investe mais recursos para ampliar a eficácia das
investigações e punir eventuais culpados, terminou tendo uma percepção
completamente diferente pela sociedade, e o grande culpado foi o próprio
governo, que perdeu a batalha da comunicação para a oposição.
A narrativa construída pela oposição terminou prevalecendo nas redes
sociais, e deixou o governo Paulo Câmara na defensiva, quando era para ser
exatamente o inverso. Se o estado possui apenas uma delegacia e passa a ter um
departamento com mais pessoal, mais recursos, e mais estrutura, é indubitável
que o combate à corrupção é uma premissa do governo, e não o inverso.
Caberá ao governador Paulo Câmara e seus auxiliares fazerem a partir de
agora o contraponto necessário para que os pernambucanos que lhe deram maioria
no último dia 7 de outubro para governar por mais quatro anos continuem
confiando no projeto liderado pelo governador, que na segurança pública obteve
resultados efetivos, e com esse novo investimento na criação do DRACO tem tudo
para ampliar o brilhante trabalho que já era desempenhado pela delegada
Patrícia Domingos. (Via: Blog do Edmar Lyra)
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