Eleito deputado federal com
460.387 votos, sendo o deputado federal mais votado da história de Pernambuco
em termos nominais, João Campos tornou-se a principal aposta do PSB para dar
continuidade ao legado iniciado por Miguel Arraes e Eduardo Campos, seu bisavô
e seu pai, respectivamente.
Se decidir exercer o mandato em Brasília, João enfrentará os problemas
inerentes a um deputado federal de primeiro mandato, que são a dificuldade de
conseguir algum destaque na capital federal. Por mais que ele tenha a força do
sobrenome de Arraes/Campos, é indiscutível que o caminho para se firmar na
política será mais duro se optar por exercer o mandato de deputado federal, uma
vez que terá que destacar entre os 513 deputados federais num momento em que
seu partido será oposição ao presidente Jair Bolsonaro.
A vitória de Eduardo Campos em 2006 teve o mérito dele, mas foi graças a
sua passagem pelo ministério da Ciência e Tecnologia que ele se credenciou para
ser candidato a governador. Sem a passagem pelo executivo naquela ocasião,
talvez Eduardo sequer tivesse sido candidato naquela eleição. Tanto Geraldo
Julio quanto Paulo Câmara foram eleitos na esteira de ocuparem cargos no
executivo. Geraldo foi secretário de Planejamento e depois Desenvolvimento
Econômico antes de ser prefeito do Recife, já Paulo Câmara ocupou
Administração, Turismo e Fazenda antes de ser governador de Pernambuco.
Diante do exposto, uma vez que seu nome tornou-se natural para a disputa
pela prefeitura do Recife em 2020 sucedendo Geraldo Julio, João Campos terá
melhores condições de disputa na eleição municipal se tiver a tinta de uma
caneta, que seria uma importante secretaria no governo Paulo Câmara. Portanto,
apesar de muitos aliados advogarem da tese de exercer o mandato em Brasília,
João Campos deverá mesmo ocupar um cargo no executivo, de preferência uma pasta
com atribuições metropolitanas para fazer dele o nome mais do que natural para
liderar o PSB na sucessão de Geraldo Julio em 2020. (Via: Coluna do Blog Edmar Lyra)
Blog: O Povo com a Notícia