Depois da Veja conseguir com exclusividade fotos do cadáver do miliciano
Adriano da Nóbrega, a Secretaria da Segurança da Bahia (SSP-BA) afirmou nesta sexta-feira (14), por meio de nota, que as acusações que a polícia teria
disparado a curta distância, numa ação
de execução e "queima de arquivo", são “infundadas”.
A família de Adriano já havia reforçado essa versão.
Nas fotos publicadas pela revista na quinta-feira (13) é possível
ver que os projéteis disparados atingiram a região do pescoço e o
tórax do ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais (Bope). Ainda de
acordo com a SSP-BA, as fotografias publicadas não foram feitas por peritos
oficiais que cuidam do caso, portanto, não há como o órgão comprovar se o
material foi manipulado antes da publicação.
Sobre o ferimento na proximidade do pescoço, o órgão informou que se
trata de uma equimose — mancha de pele — e não uma queimadura
provocada por uma arma de fogo. "É uma lesão contundente, obviamente feita
com algo arredondado, que pode ter sido ativamente ou passivamente comprimido
contra o corpo", destacou.
A secretária destacou ainda que os tiros não foram disparados a uma
curta distância e que não poderá se pronunciar sobre o caso.
"As lesões de disparo de arma de fogo não foram feitas com
proximidade. Essa afirmação só pode ser feita quando há, pelo menos, a zona de
tatuagem de pólvora incombusta intradérmica, o que não ocorreu. É impossível
afirmar distância dos disparos, sem a reprodução destes, promovida com a mesma
arma e munição similar, contra um anteparo (alvo)", completou.
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