O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar, declarou que uma operação está sendo preparada para reduzir os homicídios em três estados do Nordeste. A afirmação foi dada durante entrevista ao programa Passando a Limpo, da Rádio Jornal, nesta quarta-feira (26).
"Nós estamos articulando uma operação envolvendo a Bahia, Pernambuco e Ceará. Eu estive há dez dias reunido com os três secretários desses estados e, juntamente com todos os atores de segurança pública, para que a gente inicie um trabalho (de combate às organizações criminosas). Em no máximo 40 dias a gente estará desencadeando uma operação forte exatamente para influenciar na redução de homicídio", afirmou.
O País somou 47.508 mortes violentas intencionais em 2022, segundo levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2023, divulgado na semana passada. Houve uma queda de 2,4% em relação ao ano anterior, quando 48.431 pessoas foram mortas.
São consideradas mortes violentas intencionais aquelas decorrentes de homicídios dolosos, latrocínio, lesão corporal seguida de morte, intervenção policial e morte de policiais.
A taxa passou de 24 para cada 100 mil habitantes em 2021, para 23,4 a cada 100 mil no ano passado.
A Bahia liderou a lista com os quatro municípios mais violentos do País: Jequié, Santo Antônio de Jesus, Simões Filho e Camaçari. Em 5º lugar aparece a cidade do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco.
INTEGRAÇÃO DAS FORÇAS DE SEGURANÇA
"A segurança pública é uma responsabilidade coletiva. Ela tem que ser feita com a atuação integrada de todos os entes, cada um tem um papel. A União não vai substituir o papel clássico dos estados federados, porque eles é que têm a Polícia Militar, a Polícia Civil. Há também a atuação dos municípios através da Guarda Municipal. Nós estamos restaurando a participação do município no debate público sobre segurança", disse Tadeu Alencar.
O secretário destacou que novos grupos de investigações estão sendo criados nos Estados para combater as organizações criminosas. Disse ainda que é preciso criar ações para o "estrangulamento patrimonial e financeiro" desses grupos.
"Com relação às organizações criminosas, estamos expandindo o grupo de investigações sensíveis na Polícia Federal e também outros grupos nos 27 estados da federação, que são as forças-tarefas que são chamadas são chamadas de Ficcos. São as Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado, coordenadas pela Polícia Federal, mas com a participação da Polícia Rodoviária Federal, da Polícia Penal Federal e também com as polícias estaduais", pontuou.
"Estamos fechando um programa de enfrentamento das organizações criminosas que trabalha com diversos eixos com inteligência, com modernização tecnológica, com integração das polícias. Esse não é um problema local. Nós temos que ter as polícias dos estados atuando em conjunto para que haja o estrangulamento patrimonial e financeiro dessas organizações." (Via: Ronda Jc)
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