Um avanço na medicina pode ser a salvação para usuários de crack e cocaína. A vacina que pretende proteger os viciados nestas drogas vai receber um investimento de R$ 10 milhões após apresentar resultados promissores nas fases iniciais de teste. O comunicado foi feito pelo governo de Minas Gerais nesta sexta-feira (21).
Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) desde 2015, as fases iniciais do imunizante foram testadas em camundongos e primatas, demonstrando segurança e eficácia. O próximo passo é o ensaio clínico, em humanos.
A vacina contra o vício em crack e cocaína é desenvolvida com moléculas modificadas da própria droga.
Dutante os testes em animais, o imunizante induziu o sistema imune a produzir anticorpos que se ligaram à droga já presente na corrente sanguínea dos bichos. A ligação aumentou o tamanho das moléculas do entorpecente, impedindo a passagem delas pela barreira hematoencefálica — estrutura que regula o transporte de substâncias entre o sangue e o sistema nervoso central.
Sem chegar ao cérebro, o animal não sentiu os efeitos da droga. Os médicos esperam que, desta forma, no teste com humanos, a vontade de consumir crack e cocaína seja drasticamente reduzida.
A pesquisa indica que a vacina, além de ajudar no tratamento dos dependentes químicos, pode, também, proteger os bebês de gestantes usuárias de drogas. As informações são do g1.
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