Um médico foi preso preventivamente na última terça-feira (29), em Canoas, no Rio Grande do Sul, acusado de matar a própria esposa envenenada. André Lorscheitter Baptista, de 48 anos, teria colocado medicação controlada em um sorvete oferecido para a vítima.
De acordo com a acusação, André teria ligado para familiares de Patrícia Rosa dos Santos, de 41 anos, informando que ela estava morta. Horas depois, ele apresentou o atestado póstumo emitido por outro médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que apontava para morte decorrente de um infarto agudo do miocárdio.
Desconfiada, a família solicitou uma autópsia, que apontou a possibilidade de envenenamento. Segundo o laudo, o corpo de Patrícia continha traços de medicamentos controlados no sangue.
André Lorscheitter Baptista teria colocado Zolpidem no sorvete da esposa, que era enfermeira. Ela foi induzida ao sono e, posteriormente, o marido teria administrado Midazolam por via intravenosa, em um dos pés da vítima. A droga é utilizada como sedativo para pré-medicação, indução e manutenção de anestesia.
A Polícia Civil acredita que foi esta segunda aplicação que matou Patrícia e que o local escolhido tinha a intenção de esconder as marcas visíveis da injeção.
Em nota enviada ao Metrópoles, os agentes informaram que "as perícias técnicas realizadas pelo IGP foram efetuadas e apontaram a presença de sangue da vítima em um acesso venoso e uma gaze apreendida no local, bem como comprovaram a presença no sangue das medicações administradas pelo médico para matar a mulher".
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